O governo decidiu nesta quarta-feira (13)
conceder um reajuste de 5% para todos os servidores públicos federais. Apesar
de não possuir espaço suficiente no Orçamento, o ato deve levar a um corte de
verbas em outras áreas, com custo total da medida em aproximadamente R$ 6
bilhões em 2022. Segundo informação da Folha de São Paulo, a opção pelo formato
linear vem depois de meses de idas e vindas sobre os reajustes do funcionalismo
e após pressão do Palácio do Planalto sobre a equipe econômica nos últimos dias
para se chegar um desfecho ainda nesta semana.
O Orçamento de 2022 só tem reservados R$ 1,7 bilhão para reajustes ou reestruturações de carreiras de servidores neste ano e, além disso, desde março estão sendo contingenciados recursos para respeitar a regra do teto de gastos (que impede o crescimento das despesas federais acima da inflação). Por isso, outras áreas vão perder recursos. Inicialmente, a ideia do governo era conceder um aumento apenas para carreiras policiais, como a Folha publicou no ano passado. Depois, diante da reação negativa dos demais segmentos do funcionalismo, passou a considerar alternativas que contemplassem a todos.
O próprio presidente chegou a sinalizar que, se não houvesse consenso, o reajuste poderia ficar só para 2023. As carreiras policiais são consideradas base eleitoral de Bolsonaro, que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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