O SIGNIFICADO DA VIDA

domingo, 13 de outubro de 2024

Vice-presidente do PT cita resultado ‘fraco’ e admite dificuldade da sigla com o ‘povão’ nas eleições 2024

 


O vice-presidente do PT e prefeito eleito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, admitiu, em entrevista ao programa Os Três Poderes, de VEJA, da última sexta-feira, 11, que o partido teve um resultado “razoavelmente fraco” nas eleições municipais deste ano e tem enfrentado dificuldade com o “povão mais pobre” e com os de “comportamento mais conservador na sociedade brasileira”. “Para nós, o resultado não foi grandes coisas, foi razoavelmente fraco. Não podemos jogar a poeira pra debaixo do tapete, o resultado não foi um resultado pra um partido que governa o país”, afirmou Quaquá.

“Sobretudo nós perdemos voto nas grandes cidades, nas periferias, muito por conta também de opções que o partido fez em relação a suas temáticas. Isso tem um impacto sobretudo sobre o nosso eleitorado tradicional que era o periférico, pobre e tem migrado inclusive para a extrema direita”, opinou. “O PT tem virado um partido que discute menos as questões econômicas e sociais, menos as questões da luta de classe e discute mais comportamento. Tem virado um partido com temática de classe média e tem dificuldade de entrar no povão mais pobre, das periferias e que tem comportamento mais conservador na sociedade brasileira”, criticou Quaquá.

Questionado sobre a autocrítica ao próprio PT, o político afirmou que se sente com “absoluta legitimidade de fazer crítica, porque fui criado na esquerda e a esquerda sempre foi um espaço de crítica e autocrítica”. “Eu tenho opinião crítica e sempre terei. Ninguém no PT tem autoridade de dizer o que eu falo ou o que eu deixo de falar. Portanto, eu vou continuar fazendo as minhas observações críticas”, salientou

Veja

Déficit de vagas no sistema carcerário do Brasil passa de 174 mil

 


O Brasil tem déficit de 174.436 vagas no sistema carcerário. A informação foi divulgada esta semana no Relatório de Informações Penais (Relipen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), segundo o qual a população carcerária no país é de 663.906 presos, enquanto a capacidade das celas físicas é de 488.951 vagas.

Os dados, relativos ao período de janeiro a junho de 2024, mostram ainda que quase a totalidade dos presos é de homens, com 634.617 encarcerados. Já a população feminina soma 28.770 presas, das quais 212 estão gestantes e 117 lactantes. o relatório também mostra que 119 filhos de presas estão nas unidades prisionais. Além disso, apenas as famílias de 19.445 presos recebem auxílio-reclusão. O benefício, atualmente no valor de um salário mínimo (R$ 1.412,00), é voltado para os dependentes de pessoas de baixa renda presas em regime fechado e que tenham contribuído com a previdência.

São Paulo é o estado com o maior número de presos, com 200.178 encarcerados. Em seguida vem Minas Gerais, com 65.545; Rio de Janeiro, com 47.331; Paraná, com 41.612 e Rio Grande do Sul, com 35.721. Os estados com o menor número de presos são: Amapá, com 2.867; Roraima, com 3.126; Tocantins, com 3.738; Amazonas, com 5.069; e Alagoas, com 5.194.

São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro também são os estados com os maiores déficits de vagas, com 45.979; 19.834; e 15.797, respectivamente. Na sequência vem Pernambuco, cujo déficit é de 12.646; e o Paraná com déficit de 11.325 vagas. Enquanto isso, o Rio Grande do Norte tem um superávit de 1.601 vagas; o Maranhão é superavitário em 514 vagas; o Mato Grosso em 132; e o Tocantins em 19 vagas.

O relatório mostra ainda que o Brasil tem 183.806 presos provisórios. Destes, 174.521 são homens e 9.285 mulheres. Os presos em regime fechado somam 360.430, dos quais 346.225 são homens e 14.205 mulheres. Os presos em regime semiaberto totalizam 112.980. As mulheres somam 4.761 presas e os homens 108.219. Já os presos no sistema aberto chegam a 4.774, dos quais 4.372 são homens e 402 mulheres.

O relatório mostra ainda que 105.104 presos são monitorados com tornozeleira eletrônica e que a população em prisão domiciliar, que não usa equipamento de tornozeleira eletrônica, aumentou em 14,40%, saindo de 100.433 em dezembro do ano passado para 115.117 em junho de 2024.

Agência Brasil

Ministério da Saúde vai rever portaria sobre transplantes de órgãos após caso de infecção por HIV no RJ

 


O Ministério da Saúde vai rever a portaria que regulamenta o Sistema Nacional de Transplantes. Entre os temas em debate, destaca-se a elaboração de normas específicas para definir quem pode realizar os testes relacionados aos transplantes de órgãos. Atualmente, a regulamentação não define critérios para a escolha dos laboratórios que realizam esses testes. As normas vigentes apenas determinam que pessoas com soropositividade para HIV são automaticamente excluídas como doadoras de órgãos, tecidos, células ou partes do corpo humano.

O tema ganhou destaque após seis pacientes que aguardavam transplantes pela Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro receberem órgãos contaminados com o vírus HIV. Em consequência, o Laboratório de Patologia Clínica Doutor Saleme, instituição privada contratada por meio de licitação pelo governo do Rio de Janeiro, teve seus serviços suspensos. As discussões sobre a revisão da portaria começaram no Fórum Nacional para Revisão do Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, realizado em setembro deste ano. O evento contou com a participação da sociedade civil e, posteriormente, foram iniciadas deliberações internas, que contaram também com a participação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Até o momento, não há uma definição de como ficará essa nova regra, mas na avaliação de pessoas envolvidas com o tema ela precisará ser ajustada. O Ministério da Saúde instaurou uma auditoria para investigar o sistema de transplantes no Rio de Janeiro e verificar possíveis irregularidades na contratação do laboratório responsável pelos exames.

A auditoria será realizada pelo Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS). Além disso, a pasta solicitou a interdição cautelar do Laboratório PCS LAB Saleme/RJ, cuja unidade operacional fica no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro. O Ministério da Saúde também determinou que a testagem de todos os doadores de órgãos no Rio de Janeiro voltasse a ser feita exclusivamente pelo Hemorio. Além de solicitar a retestagem do material de todos os doadores de órgãos feita pelo laboratório para identificar possíveis novos casos.

Folhapress

Primeiro turno teve sete vítimas de violência política por dia

 


Eleição teve maior número de agressões da série histórica

No primeiro turno das eleições deste ano, de âmbito municipal, o clima de competitividade e inimizade observado no período pré-campanha piorou. De 16 de agosto a 6 de outubro, data em que os brasileiros foram às urnas, o Brasil registrou 373 casos de violência política contra candidatos e políticos em exercício.

Esses são dados da 3ª edição da pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil”, elaborada pelas organizações sociais Terra de Direitos e Justiça Global e lançada nesta quinta-feira (10). O que foi apurado é um complemento ao divulgado pelas entidades na semana passada, que apontava 145 ocorrências no período que antecede a campanha eleitoral, de janeiro a 15 de agosto, e uma média de 1,5 caso por dia. Com 518 ocorrências, o ano de 2024 se destaca como o mais violento da série histórica.

No primeiro turno do pleito deste ano, foram identificados 10 assassinatos, 100 atentados, 138 ameaças, 54 agressões, 51 ofensas, 13 criminalizações e sete invasões. A média foi de sete vítimas por dia. Já no primeiro turno de 2022, foram registrados aproximadamente 2 casos de violência política por dia.

Os números também mostram que o pico de casos aconteceu na véspera das eleições. De 1º a 6 de outubro, foram notificados 99 casos, o que corresponde a 16 ocorrências por dia ou uma a cada 1h30. Em relação aos locais onde os casos ocorreram, o maior número de ocorrências foi no estado de São Paulo, com 14 casos. Em 2022, o 1º turno das eleições gerais registrou um assassinato, enquanto em 2024 foram 10 ocorrências no mesmo período. Dos 24 casos de assassinatos registrados em 2024, mais de 40% dos assassinatos aconteceram durante o período eleitoral.

Oito vítimas negras

As entidades fazem, ainda, um alerta contra a proporção de casos que vitimaram pessoas negras e mulheres. Embora pessoas brancas representem o maior grupo de vítimas de violência política no primeiro turno (52% ou 193 casos), a forma mais grave que essa hostilidade assume, ou seja, a letal, vitimou mais pessoas negras. Vítimas pretas e pardas foram alvo em oito de cada dez homicídios perpetrados nesse contexto. Quando são consideradas todas as categorias de violência, 44% das vítimas eram negras. A porcentagem corresponde a 164 ocorrências.

A representatividade das mulheres na política permanece significativamente menor nas eleições deste ano (33,96%). Contudo, como observam as organizações coautoras do relatório, foram vítimas de 35% dos casos de violência política no primeiro turno, que acumulou 128 ocorrências. O tipo mais praticado contra mulheres, cisgênero e trangênero, foi a ameaça, com 56 casos.

Outro dado que evidencia o machismo e a misoginia no pleito é o relativo ao total de denúncias de vazamento de vídeos íntimos (ou revenge porn, que significa pornografia de vingança em inglês) e montagens de nudez que utilizaram fotos de candidatas. O relatório indica um total de oito casos.

Veja como fica a lista das regiões e estados com mais casos de violência política:

 

– Sudeste: São Paulo (50) e Rio de Janeiro (38)

– Nordeste: Paraíba (24) e Bahia (23)

– Norte: Pará (16) e Amazonas (10)

– Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul (10) e Mato Grosso (9)

– Sul: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná com 17 casos cada

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Projeto que agrava penas para golpes cibernéticos avança no Senado

 


Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) aprovou o texto, que segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Um projeto de lei em tramitação no Senado aumenta em dois terços as penas para os crimes de estelionato e de fraude cometidos por meio da internet – ou seja, golpes cibernéticos. A informação é da coluna Radar, da revista Veja. A Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) aprovou o texto, que segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Relator do projeto, Zequinha Marinho (Podemos-PA) chama atenção para a “preocupante tendência de crescimento dos crimes cibernéticos no Brasil, com efeitos gravíssimos para a ordem social”.

O “Mapa da Fraude” da ClearSale, empresa de inteligência de dados e prevenção a fraudes, estima que as tentativas de crimes cibernéticos no país no primeiro semestre deste ano tiveram impacto potencial de até R$ 1,2 bilhão. A região Norte, de acordo com o levantamento, concentra o maior número de tentativas de fraude no Brasil. Na sequência aparecem o Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul.

O projeto, de autoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES), pretende enfraquecer a atual estruturação das quadrilhas que empregam ferramentas tecnológicas e métodos cada vez mais sofisticados de engenharia social para promover o golpe na internet. “Essa proposta contribuirá sobremaneira para a erradicação dessas práticas criminosas que têm causado consideráveis danos à sociedade brasileira”, disse Zequinha.

Câmara quer tirar do MEC protagonismo sobre proibição do uso de celular em sala

 


O MEC informou que apresentará neste mês um projeto de lei com a medida que sugere a suspensão do aparelho

Um texto de autoria de Alceu Moreira, que permite o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas apenas para fins pedagógicos, foi discutido nesta quarta-feira (9), na Comissão de Educação da Câmara, presidida pelo deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Os deputados se articulam para tirar do Ministério da Educação o protagonismo no debate sobre a proibição do uso de celulares em sala de aula. Após o MEC informar que apresentará neste mês um projeto de lei com a medida, uma articulação do deputado Alceu Moreira (MDB-RS) para impulsionar proposta própria do Congresso ganhou força nos últimos dias.

A ideia do movimento dos parlamentares de oposição é se antecipar ao MEC. O projeto de Moreira tramita há nove anos na Câmara e passou por análise de um grupo de trabalho nos últimos meses. A expectativa é que seja pautado por Nikolas na comissão ainda neste mês. “Essa é uma pauta de relevância nacional, suprapartidária e que, desde o início, foi aprofundada tecnicamente, levando em conta o modelo educacional de países como Canadá, Finlândia e Suíça, que já possuem regulamentação para o tema”, afirma Moreira.

Os deputados também querem deixar claro no texto do projeto que os alunos poderão levar os celulares para as escolas, desde que os aparelhos sejam guardados antes de começarem as aulas. “A concorrência ficou desleal para o professor, que não consegue competir a atenção do aluno com a tela de smartphones e tablets. Não se trata de proibir, mas de disciplinar”, argumenta Moreira. O relator da proposta na Comissão de Educação é o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR).

Não é a primeira vez que parlamentares da oposição na Câmara confrontam o MEC nas pautas de educação. As mudanças que foram aprovadas no Novo Ensino Médio, por exemplo, foram relatadas pelo deputado oposicionista Mendonça Filho (União-PE).

Governo Federal aprova fundo para desenvolvimento industrial e tecnológico

 


O fundo terá a previsão de investir até R$ 1 bilhão em recursos não reembolsáveis ao longo dos próximos quatro anos

O Governo Federal publicou um decreto nesta quinta-feira (10) que regulamenta o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT). O Conselho deverá se reunir semestralmente e é responsável por monitorar a execução e avaliar os resultados dos projetos e programas credenciados.

Segundo o decreto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será encarregado da gestão do fundo, adotando medidas para controlar a entrada de recursos, a remuneração da disponibilidade e a aplicação dos mesmos.

Além disso, o texto estabelece a criação de um Conselho Diretor, formado por representantes do Ministério da Fazenda, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Confederação Nacional da Indústria. O fundo terá a previsão de investir até R$ 1 bilhão em recursos não reembolsáveis ao longo dos próximos quatro anos.

Reunião sobre emendas convocada por Dino acaba em impasse e verbas seguem travadas

 


Agora, sem a vedação eleitoral, a tendência é que o Congresso aumente a pressão pela liberação dos recursos

A reunião de conciliação convocada pelo ministro do STF Flávio Dino nesta quinta-feira (10) sobre emendas parlamentares acabou sem acordo. Com isso, seguem bloqueados os pagamentos das emendas impositivas individuais, das emendas de comissão e das emendas Pix. Todas essas modalidades de emendas ao Orçamento foram suspensas por Dino em agosto, mais tarde, as decisões foram confirmadas pelo plenário do STF.

Emendas parlamentares são modificações feitas na Lei Orçamentária Anual (LOA) pelos deputados e senadores, para destinar dinheiro federal às cidades onde vivem seus eleitores. Quando Dino determinou o bloqueio das emendas, os pagamentos já estavam suspensos por conta das eleições municipais – a Lei das Eleições proíbe as transferências voluntárias da União para municípios nos três meses antes do pleito. Agora, sem a vedação eleitoral, a tendência é que o Congresso aumente a pressão pela liberação dos recursos.

Flávio Dino não participou da reunião. O encontro foi conduzido por uma juíza auxiliar do gabinete dele, Amanda Thomé, e por uma juíza auxiliar da presidência do STF, Trícia Navarro, Câmara e Senado também enviaram representantes, assim como a Advocacia-Geral da União (AGU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o órgão de cúpula do Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Durante o encontro, os representantes do Congresso reiteraram que não dispõem de mais informações sobre os “padrinhos” das emendas de relator. Declaradas inconstitucionais pelo STF no fim de 2022, as essas emendas estão na base da prática do orçamento secreto, revelada pelo Estadão em 2021. Já os representantes da CGU disseram que os ofícios entregues pelo Congresso só mostram os “padrinhos” de 44% de recursos liberados por meio do Orçamento Secreto – outros 56% seguem ocultos.

Ainda durante a reunião, segundo os presentes, a juíza auxiliar de Flávio Dino disse que o STF está tentando construir uma solução consensual para acabar, de fato, com o orçamento secreto. Câmara e Senado se comprometeram a entregar a relação de congressistas que estavam no mandato na época e que não forneceram dados sobre suas indicações ao STF. No entanto, fizeram a ressalva de que é possível que esses congressistas não tenham feito qualquer indicação de emendas de relator.

Os representantes do Legislativo disseram ainda que a Câmara e Senado estão trabalhando com a Casa Civil da Presidência da República para elaborar um projeto de lei complementar (PLP) que atenda às outras determinações de Dino para as emendas. O ministro exigiu, por exemplo, que emendas de bancada sejam usadas para obras estruturantes, ao invés de serem pulverizadas entre as prefeituras.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Congresso e STF discutem volta de doações eleitorais de empresas para 2026

 


Senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) deve apresentar proposta para o retorno das doações

Integrantes da cúpula do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) querem discutir a volta de doações eleitorais de empresas proibidas em 2015. O tema entrou em debate na reta final do primeiro turno das eleições municipais. Eles defendem mudanças no modelo atual, concentrado no financiamento público.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, líderes partidários e outras autoridades afirmam que o fundo eleitoral, abastecido com verba pública, não foi bem assimilado pela população e ainda provocou novas distorções no financiamento das campanhas e que o modelo de financiamento público não impediu o uso de caixa dois. A Polícia Federal afirma ter apreendido R$ 21,7 milhões em espécie em operações de combate a crimes eleitorais neste ano.

O líder do governo no congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), pretende apresentar uma proposta para alterar este modelo. O parlamentar já havia defendido a volta das doações empresariais e a redução da verba pública destinada ao fundo eleitoral. O tema ganhou ainda mais força após o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarar em entrevista ao jornal Valor Econômico que está disposto a discutir a permissão para o financiamento empresarial.

Proibidas em 2015, as doações empresariais para campanhas foram desligadas na esteira da Operação Lava Jato. As investigações apontavam que, em alguns casos, as contribuições eram feitas pelas empresas a partidos e candidatos com o objetivo de obter vantagens em contratos públicos. Nas eleições de 2016, as campanhas foram abastecidas por doações de pessoas físicas e com dinheiro dos próprios candidatos. No ano seguinte, o Congresso aprovou a criação de um fundo público para bancar as campanhas e reduzir a influência privada. Em 2024, o valor do fundo é de R$ 4,96 bilhões.

Dez anos depois, uma parte do STF está disposta a rever seu entendimento. Em caráter reservado, um ministro apontou que há espaço para debater essa modalidade de financiamento privado, já outro citou como exemplo o modelo de campanha dos EUA, que prevê a contribuição empresarial para comitês políticos. Ainda que reconheçam o risco de contaminação das eleições pelo poder econômico, esses políticos e ministros afirmam que a volta das doações pode reduzir o desequilíbrio provocado não apenas pelo caixa dois, mas também pela influência do valor bilionário de emendas parlamentares destinadas aos redutos eleitorais de deputados e senadores.

O governo Lula até agora não se posicionou sobre o tema, mas o assunto foi levado por Randolfe à reunião de coordenação política da última segunda-feira (7), quando o presidente e seus articuladores fizeram um balanço das eleições. Um consenso sobre a volta das doações entretanto não foi definido, mas alguns ministros já demonstraram concordância. Outros, como Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais, disseram ser contra a mudança. O assunto também divide a direção do PT, embora tenha começado a ganhar apoio de figuras influentes.

A proposta de Randolfe não está pronta, mas deve ser apresentada nas próximas semanas e ter a forma de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para instituir um modelo semipúblico, com limites e transparência nas contribuições privadas. Entrevistado pela Folha, o senador afirma que o modelo atual, baseado principalmente no financiamento público, “encarece as campanhas”, porque, na prática, cria duas fontes: um fundo público bilionário e o dinheiro privado que corre sem o controle das autoridades.

O modelo mistro proposto pelo parlamentar reduziria, segundo ele, em 80% o fundo eleitoral abastecido com dinheiro público. “O peso sobre o Orçamento é enorme hoje. São quase R$ 5 bilhões no ano eleitoral. Se reduzirmos o fundo eleitoral para R$ 1 bilhão, veja quantas coisas poderíamos fazer.”

O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, também defende alterações no modelo de financiamento e avalia que o atual é ineficiente. “A gente tem hoje um fundo muito grande, que leva muito dinheiro público e que não resolve a eleição na ponta. Infelizmente, a gente não enfrentou até hoje o nascedouro do problema, que é o sistema eleitoral em si”, diz. “Os mecanismos de controle de como esses recursos são colocados nas campanhas, em geral, são frágeis no Brasil. Então, pós-Lava Jato, esta, sem dúvida, foi a campanha mais cara de todos os tempos. Vai ser necessário repensar isso”, afirma.

10 DE OUTUBRO | DIA DA SAÚDE MENTAL

 


O dia 10 de Outubro trás uma reflexão e um alerta sobre a atitude de olharmos para a condição da saúde da nossa mente. A data foi escolhida como Dia Mundial da Saúde Mental e desde a sua criação tem colaborado com muitos progressos no campo da psicologia e da psiquiatria, possibilitando tratamentos mais adequados a cada patologia e eficiência no diagnóstico de transtornos mentais. As perturbações de natureza mental e os transtornos mentais, independente de sua gravidade, são hoje uma das doenças mais incapacitantes do século XXI. A depressão, por exemplo, é uma das doenças que mais tem relação com fatores de risco de suicídio e devemos falar sobre, conscientizar a população para ajudar aos que precisam.

 

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OUTUBRO ROSA MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O CÂNCER DE MAMA



- OUTUBRO ROSA 2024 – O CUIDADO DURA O ANO TODO  MULHER. PREVINA-SE SEMPRE.

- MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O CÂNCER DE MAMA

- O CUIDADO É ROSA, O AMOR É ROSA, A VIDA É ROSA. OUTUBRO É ROSA.








Não votou? Saiba como justificar sua ausência

 


Cada turno é considerado uma eleição independente, e, por isso, a justificativa deve ser apresentada separadamente

As eleitoras e eleitores que não compareceram ao primeiro turno das eleições municipais 2024, realizado no domingo (6), têm até o dia 5 de dezembro de 2024 para justificar sua ausência. Conforme a resolução TSE Nº 23.376/2024, cada turno é considerado uma eleição independente, e, por isso, a justificativa deve ser apresentada separadamente para cada um, dentro do prazo de 60 dias após a data do pleito.

Como justificar?

A justificativa pode ser feita on-line, acessando o Sistema Justifica no Portal do TRE-BA ou utilizando o aplicativo e-Título, disponível gratuitamente nas lojas Google Play e App Store. Caso não tenha acesso a essas ferramentas, a pessoa poderá comparecer a qualquer cartório eleitoral ou posto de atendimento da Justiça Eleitoral. Vale ressaltar que o requerimento de justificativa deve ser acompanhado dos documentos que comprovem o motivo apresentado.

Eleitores no exterior

Para eleitoras e eleitores inscritos no Brasil que estiverem no exterior, o prazo para requerer a justificativa é de 30 dias, contados da data de retorno ao país.

Consequências

Quem não justificar a ausência no prazo sofrerá multa e ficará em débito com a Justiça Eleitoral, podendo ter seu título cancelado no caso de ausência injustificada em três eleições seguidas. A quitação eleitoral é necessária para:

 

Obter passaporte ou carteira de identidade;

Nomeação em funções ou cargos públicos;

Participar de licitações ou inscrever-se em concursos;

Realizar ou renovar matrícula em instituições de ensino público oficial;

Obter empréstimos em bancos públicos, etc.

 

Além disso,a certidão de quitação eleitoral é necessária para registrar candidaturas e emitir documentos em repartições diplomáticas. Essas restrições estão previstas no Art. 7º do Código Eleitoral – Lei nº 4.737, de 1965.

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