Pesquisa da Fundação
Dom Cabral aponta queda generalizada no otimismo do setor, com destaque para
indústria e comércio
A confiança do empresariado de médio porte no Brasil caiu ao menor patamar em três anos, segundo o Índice de Confiança das Médias Empresas (ICME), elaborado pela Fundação Dom Cabral (FDC). De acordo com o levantamento, o índice recuou 4,3 pontos no primeiro semestre de 2025, em comparação com o segundo semestre de 2024, atingindo 44,4 pontos. Esse é o menor resultado desde o início da série histórica, em 2022. Na escala de 0 a 100, pontuações abaixo de 50 indicam falta de confiança.
Os dois componentes do ICME registraram queda. O índice que mede as expectativas futuras caiu 5,1 pontos, chegando a 46,5. Já o indicador das condições atuais recuou 3,4 pontos, ficando em 42,3. Segundo a FDC, o resultado reflete a percepção de deterioração do ambiente econômico e social, além do aumento dos custos operacionais — impulsionados pela inflação e pelo encarecimento dos insumos.
A retração na confiança foi observada em todos os setores, com destaque para a indústria e o comércio, que registraram as maiores quedas: 5,3 e 4 pontos, respectivamente. O setor de serviços também recuou, com queda de 3,3 pontos. O estudo aponta que o ritmo de contratações deve desacelerar. A expectativa de crescimento nos postos de trabalho para 2025 é de 3,3%, abaixo dos 4,9% registrados em 2024.
Apesar do cenário de baixa confiança, a projeção de faturamento das médias empresas é positiva. A expectativa é de uma alta de 11,7% neste ano, superando o IPCA estimado para 2025, de 5,65%. Em 2024, o crescimento do faturamento foi de 6,1%. A pesquisa foi realizada entre 4 de fevereiro e 13 de março de 2025 e ouviu 616 empresas brasileiras de médio porte: 241 da indústria, 80 do comércio e 295 do setor de serviços.
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