Nos últimos dias,
partidos do Centrão avançaram na negociação de cargos no terceiro governo Lula,
mas para a aprovação de pautas importantes, como a reforma tributária e o
retorno do voto de qualidade que beneficia a gestão no Conselho Administrativo
de Recursos Federais (Carf), novamente não teve a fidelidade esperada. Dessa
vez, a pressão se voltou para a negociação de cargos, inclusive, com
possibilidade de ampliação do grupo. A entrada do bloco formado pelas legendas
Republicanos e PP já é considerada “certa” por interlocutores do Palácio do
Planalto, no sentido de selar acordos que possam garantir mais tranquilidade a
Lula em votações no restante do ano.
Entre as siglas de namoro com o Planalto, estão justamente o Partido Progressista (PP), mesma legenda do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), o Republicanos e o União Brasil. No caso deste último, apesar de já ter indicado três ministros (Juscelino Filho, nas Comunicações, Waldez Góes, na Integração, e Celso Sabino, no Turismo), a lealdade ainda é questionada. Mas, caso a adesão dos três partidos se confirme, o governo contabilizaria 217 parlamentares em sua base aliada na Câmara (incluindo os votos da bancada do PT, que possui 68 deputados). O número é próximo do necessário para aprovar projetos de lei: 257 votos.
Com isso, passada a primeira metade do primeiro ano de governo, conforme o Metrópoles, a Esplanada montada pelo presidente já reserva 29 cargos de segundo e terceiro escalão vagos. São diretorias, departamentos e entidades vinculadas (tais como empresas públicas, autarquias e outros). Não há hoje nenhuma secretaria sem comando nos 37 ministérios. Esses postos usualmente são ocupados por políticos ou nomes indicados por partidos da base do governo. Os números se avolumam quando se consideram representações nos estados. No levantamento produzido pela consultoria Ética Inteligência Política, não há esse detalhamento.
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