A palavra política tem
origem no verbete grego “politiká”, que é composto por duas vertentes. Uma
chamada “polis”, que significa aquilo que é público, que é de todos, ou até
mesmo faz uma referência a “cidade” onde todos vivem. O complemente vem do
termo “tikós”, que está relacionado ao bem comum do conjunto de pessoas de uma
determinada sociedade. Portanto, simplificando o conceito, política é tudo
aquilo que está relacionado a coisa pública, ao espaço público e destinado ao
bem comum do cidadão.
Eleição é o momento na
democracia em que o cidadão da “pólis” escolhe através de uma escolha política
aqueles que irão representá-lo nas estruturas de poder criadas dentro no nosso
sistema republicano. No caso de eleições municipais escolhemos para dois
poderes específicos: legislativo que é a Câmara de Vereadores e o executivo que
é o prefeito da cidade. Nada mais óbvio.
Notem que eu disse
“representar” e não “substituir”. Existe uma enorme diferença nesta escolha. O
escolhido precisa ter o compromisso com nossas causas, as coletivas, as
populares, ou até as de determinados segmentos sociais. Isso é representar. O
eleito não pode nos substituir e defender pautas diferentes daquelas que
aqueles eleitores escolheram e por boa-fé o elegeu. Ele também não pode se
associar ao outro poder, o executivo, e negligenciar sua função primordial que
é exercer exatamente a fiscalização dos atos e ações do prefeito. Pode
compartilhar até as pautas comuns, projetos que atendem as necessidades da
população, porém, precisa manter sua independência, conforme reza o preceito
republicano da “independência entre os poderes”.
É muito comum ouvirmos
de muita gente quando chega a eleição aquela frase repetida: “Começou o tempo
da política”. Isso é muito ruim e revela o baixo comprometimento da população
com a “coisa pública” que é o que representa a boa e correta forma de fazer
política. A política é atividade do dia a dia. Precisamos perceber isso. As
decisões tomadas nas diversas esferas de governo, seja federal, estadual ou
municipal, independente da ação ou do resultado que produzem, tem sempre
natureza política. Muitas vezes estas decisões políticas favorecem a população,
mas muitas vezes não trazem benefícios ao povo. A sua escolha é que determina
isso. Votar em pessoas que não te representam, não representam interesses
coletivos e populares ou até interesses do seu segmento social vão sempre levar
a erros estratégicos de escolhas políticas. Por que um trabalhador pobre vai
votar num empresário rico? Qual a afinidade de interesses e objetivos que isso
representa?
Isso acontece
repetidamente em toda eleição, e depois, o eleitor ainda reclama do seu próprio
ato. Eleição não é sinônimo de política. É na eleição que através do somatório
de ações e fatos políticos que você faz as suas escolhas. Estas escolhas,
também chamada de “voto”, têm que ser baseadas na trajetória de vida do
candidato, seus atos e conduta, o que ele defende, sua capacidade e
conhecimento para exercer o cargo, seus compromissos com os interesses
coletivos e não com interesses individuais, sua idoneidade, honestidade, além
de outros aspectos. O voto precisa ser pensado com critério, com apuro,
responsabilidade, e as vezes, até com pesquisas e conversas com amigos para estimular
mais ainda este debate para que possamos minimizar os efeitos de um voto
errado. É preciso construir uma cidade e um futuro melhor para todos e não
apenas para você.
Os eleitos não “caem
do céu”. Se algo está dando errado na política, e consequentemente, nas
eleições, será que não está na hora de revermos nossas atitudes diante da
observação mais atenta da política e suas ações e fatos? Será que estamos
fazendo as escolhas certas? Diante dos resultados, da insatisfação da população
e os atos e fatos produzidos pelos eleitos, a resposta é um sonoro NÂO. Apenas
criticar, colocar todos os agentes políticos numa “vala comum”, não votar ou
anular o voto também não contribuem para a mudança. Quando você se omite na
participação política, não toma partido, geralmente ajuda a manter o quadro
atual e beneficiar quem nos manipula e oprime. Então só tem um jeito. Vamos
mudar nossa concepção e não dar mais chances ao erro nas escolhas políticas.
Boa sorte e muito critério em 15 de novembro de 2020. NADA MUDA SE VOCÊ NÃO
MUDAR !!
Por : Claudio Leitão –
Economista e Professor de História.
NA VERDADE O ERRO NÃO É DOS ELEITORES O ERRO ESTÁ NOS POLITICOS PORQUE PROMETEM TUDO SÓ PÁRA SE ELEGER DEPOIS DE SE ELEGEREM ESQUECEM O POVO E SUAS PROMESSAS DE CAMPANHA E SÓ VOLTAM FAZER ALGUMAS OBRINHAS NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES PÁRA GANHAR OS VOTOS DOS BESTAS
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