Senado aprovou nesta 5ª feira (23.jul.2020) o
Projeto de Lei de Conversão 22/2020, que desobriga escolas e universidades de
cumprir a quantidade mínima de dias letivos em 2020 devido à pandemia da
Covid-19. A sessão remota contou com 73 votos a favor. A matéria segue para
sanção presidencial.
O PLV 22/2020 tem origem na Medida Provisória
934/2020, que promove ajustes no calendário escolar de 2020. Qualquer alteração
feita no texto de uma MP transforma essa matéria em PLV. O relator do texto foi
o senador Carlos Fávaro (PSD-MT).
O congressista apresentou voto pela aprovação
da matéria na forma do projeto de lei de conversão aprovado na Câmara dos
Deputados, em 7 de julho, e rejeitou as 41 emendas apresentadas ao texto no
Senado.
Carlos Fávaro explicou que rejeitou as emendas
para que a MP não caducasse, já que o prazo vigência vence em 29 de julho. Ele
ressaltou ainda que muitas alterações previstas nas emendas já estariam
contempladas no texto do projeto.
Medidas provisórias são editadas pelo governo
federal e têm força de lei do momento de sua publicação por até 120 dias. Para
continuarem valendo, porém, precisam de aprovação do Legislativo dentro desse
prazo.
Como forma de não prejudicar a tramitação da
MP, os líderes partidários retiraram os destaques apresentados. Alguns
defenderam o veto presidencial a alguns dispositivos do texto, entre eles o que
prevê a entrega de dinheiro diretamente aos pais dos alunos para a compra de
alimentos.
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) entende
que essa possibilidade favorece a prática de fraudes. Por exemplo, como foi
visto nas irregularidades no recebimento do auxílio emergencial de R$ 600 pela
população.
O líder do governo na Casa, Fernando Bezerra
Coelho (MDB-PE), ponderou que o veto presidencial ao dispositivo relacionado à
compra da merenda escolar poderá ocasionar problemas a ações que já estão em
curso em diversos municípios do país.
Dessa forma, Fernando Bezerra assumiu o
compromisso de que, na regulamentação da matéria, serão atendidas as
preocupações dos senadores como forma de não desvirtuar os recursos da merenda
escolar e prestigiar a agricultura familiar.
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