Uma nova linhagem do vírus da zika está em
circulação no Brasil, revelou uma pesquisa da Fiocruz Bahia, publicada no
início de junho. O estudo detectou sequências genéticas de um tipo africano da
zika, que até então não tinha circulado no País — por ser novo, os
pesquisadores alertam que o vírus tem potencial para gerar uma epidemia, uma
vez que a maior parte da população não tem os anticorpos específicos. Neste
ano, porém, o total de infecções por zika ainda é menor do que o número de
registros de dengue e chikungunya.
A novo tipo de zika foi identificado em duas
regiões diferentes no Brasil: no Sul, especificamente no Rio Grande do Sul, e
no Sudeste, no Rio de Janeiro. A descoberta foi feita a partir de uma
ferramenta de monitoramento genético que analisa sequências disponíveis em
banco de dados públicos. De acordo com a Fiocruz, são conhecidas duas linhagens
do vírus zika no mundo: a asiática e a africana.
O estudo em questão, que analisou 248
sequências genéticas brasileiras submetidas a base de dados desde 2015, mostrou
que, até 2018, os dados genéticos encontrados aqui eram majoritariamente
cambojanos, um tipo asiático. Segundo o último boletim epidemiológico do
Ministério da Saúde, foram notificados 3.692 casos prováveis de zika no Brasil
em 2020 (taxa de incidência 1,8 casos por 100 mil habitantes), número menor se
comparado a outras doenças causadas pelo Aedes aegypt, como a chikungunya
(47.105 casos prováveis) e a dengue (823.738 casos prováveis). O Brasil teve um
surto de zika associado à microcefalia entre 2015 e 2016.
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