Desde o inicio do mês a corrida eleitoral vem
ganhando força. Dessa vez com um ritmo mais lento para alguns, devido à
pandemia por Covid-19 que alastrou o Brasil. Quem imaginaria um cenário caótico
como os atuais? Digno de uma produção Hollywoodiana de ficção cientifica, em um
mundo no qual as pessoas se tornariam intocáveis, como um mal que ninguém vê
semelhante ao do filme Bird Box.
As eleições municipais serão sem dúvidas
históricas e atípicas como jamais vistas. Antecipamos quem sabe 8 anos da
evolução do comportamento do eleitor, onde ele é praticamente digital e
intocável. Já era de se esperar uma campanha digitalizada e cheia de desafios
para os candidatos e profissionais de marketing, principalmente para conseguir
a mobilização do eleitor. Tira-los de suas casas era uma missão difícil pelo
desgaste que vem ocorrendo com a imagem política devida à corrupção. Agora se
tornou uma missão de guerra com o país infestado de Coronavírus.
Aperto de mão e abraços a parte, a data
eleitoral está correndo, mas com pouca possibilidade de ocorrer realmente em
outubro. Essa decisão para o adiamento está nas mãos do ministro Barroso, novo
presidente do TSE. A provável mudança é para novembro deste ano, mas isso não
muda o modelo que será implantado nesta campanha eleitoral.
O trabalho do marketing político será
importantíssimo e pela primeira vez será permitido o impulsionamento pago das
publicações no Facebook e Instagram na campanha municipal. O corpo a corpo será
também Storie a Storie, Zap a Zap, e os comícios se tornarão Livesmícios. O
eleitor conseguirá acompanhar a quantidade de presentes em cada evento já que o
Youtube, Facebook e Instagram mostram o número da audiência ao vivo.
Os institutos de pesquisas já estão sofrendo
muito e os poucos que ainda estão fazendo de forma presencial, são ignorados,
dificultando a aplicação e demorando um pouco mais.
Tv e rádio serão utilizados nas grandes
cidades, só que provavelmente de forma mais curta e não serão os protagonistas
como antes. Serão complementares, diferente das mídias digitais que já estão
sendo utilizadas nas pré-campanhas. Os importantes debates deverão ocorrer com
dupla transmissão, juntando Tv e plataformas digitais, não tirando a
importância deles nas eleições.
Na era em que um smartphone se tornou uma
grande arma nas eleições, o segredo de uma campanha vitoriosa pode estar no
bolso ou na mão do eleitor.
Por: Lucas Moura é CEO da agência Tripé Comunicação
e consultor político à 12 anos.
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