O futuro ministro da Economia,
Paulo Guedes, determinou à equipe uma meta de corte de 50% dos recursos do
Sistema S, informou o economista Marcos Cintra, que vai comandar a secretaria
especial da Receita Federal. Segundo ele, o processo será gradual, mas vai
começar “imediatamente”. “Muito do que o Sistema S faz pode ser feito pelo
mercado de forma competitiva. Preservaremos as atividades com características
de bens públicos”, disse. O resto das atividades, como capacitação, o mercado
atende bem, afirmou Cintra. O futuro secretário avaliou que “tudo está aberto à
reavaliação pelo futuro governo. “O presidente Jair Bolsonaro representa
renovação. E o Ministro Paulo Guedes será o instrumento desse processo”,
ressaltou. Segundo Cintra, o futuro governo no Sistema S vai desonerar a folha
de salários das empresas para estimular empregos. “Nossa prioridade”, afirmou.
Uma parte das contribuições e tributos que as empresas pagam sobre a folha de
pagamento é repassada para as entidades do Sistema S, ligadas às confederações
patronais. O dinheiro deve ser usado para treinamento profissional, assistência
social, consultoria, pesquisa e assistência técnica. Neste ano, foram
repassados R$ 17,1 bilhões. Em 2017, R$ 16,5 bilhões. Focado na elaboração da proposta de Reforma
Tributária, Cintra disse que há muitos pontos em comum no projeto do deputado
Luiz Carlos Hauly (aprovado em comissão especial na Câmara na semana passada)
que podem ser aproveitados no futuro. “Estou trabalhando intensamente no
projeto do governo. O projeto aprovado na Câmara tem diferenças com o que
pensamos. Lá na frente poderemos convergir em vários pontos”, explicou. A
proposta de Hauly extingue oito tributos federais, o ICMS (estadual) e o ISS
(municipal). No lugar deles, seriam criados Imposto sobre Operações com Bens e
Serviços (IBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços Específico (imposto seletivo).
A transição dos regimes duraria 15 anos. Para ele, a crescente judicialização
do sistema tributário, como ocorre com o PIS/Cofins, é fruto de sua
complexidade e burocracia. O futuro secretário informou que a primeira tarefa
do governo é tornar o sistema que existe mais funcional enquanto se discute e
aprova a Reforma Tributária. “Vamos trabalhar nestas duas frentes
simultaneamente”, disse ele, ressaltando que no curto prazo as prioridades
serão: simplificação, desburocratização, melhorias nos processos e
procedimentos. “Há muito que fazer para melhorar e acabar com privilégios e
garantir mais eficiência no mercado, nivelando o campo de atuação entre as
empresas. Cintra previu que o setor produtivo sentirá logo as melhorias com essas
medidas de curto prazo, enquanto a “reforma de fundo”, que envolve questões
federativas, que precisam ser rediscutidas, é discutida. Mais cedo, Paulo
Guedes afirmou nesta segunda-feira, em encontro com industriais na sede da
Firjan, que é preciso "meter a faca no Sistema S também". "Estão
achando que a CUT perde o sindicato, mas aqui fica tudo igual? Como vamos pedir
sacrifício para os outros e não contribuir com o nosso?", afirmou Guedes,
acrescentando que os empresários parceiros sofrerão menos cortes que os demais.
Ao iniciar sua palestra, Guedes afirmou que ainda há empresários que esperam
pelo protecionismo do governo, assim como acontece com sindicalistas. Em sua
opinião, "o Brasil é um País rico, virou o paraíso de burocratas, de
piratas privados, em vez de ser o País do crescimento econômico".
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