Um estudo liderado pela ONG The
Nature Conservancy (TNC) em parceria com a Universidade de Virginia e o Centro
de Resiliência de Estocolmo analisou a relação entre o contato com a natureza e
a qualidade da saúde mental. Em um mundo cada vez mais urbano, a tendência é
que a população das cidades aumente: em 2050, além da população atual, mais 2,4
bilhões de pessoas vão viver em áreas urbanas. O estudo, publicado na revista
científica Sustainable Earth, destacou que 46% das pessoas que vivem nas
grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, já sofrem de problemas
relacionados à saúde mental. No entanto, apenas 13% da população urbana mundial
vive próxima à natureza. Pesquisadores analisaram uma série de estudos sobre
economia, saúde e meio ambiente para sugerir que o mesmo potencial de interação
humana que torna as cidades atraentes para produtividade, criatividade e
inovação, contribui cada vez mais para o fenômeno de “penalidade psicológica
urbana”, representado pelo aumento do estresse e dos transtornos mentais. Como
resposta a tal penalidade, pesquisas anteriores demonstraram que até mesmo
rápidas interações com a natureza podem trazer benefícios à saúde, aliviando os
sintomas de transtornos mentais, como depressão e ansiedade. De acordo com o
gerente de conservação para segurança hídrica da TNC, Samuel Barrêto, muito se
fala sobre a formação de ilhas de calor e o risco de enchentes nas cidades, mas
a relação entre o desequilíbrio ecológico e doenças psicológicas raramente é
feita. Então, de forma prática, o que pode ser feito para aumentar o contato
com a natureza em grandes cidades? Barrêto explica que espaços verdes têm que
ser incluídos no desenho do plano diretor, o instrumento usado para definir o
desenvolvimento dos centros urbanos. “O significado da natureza no dia a dia
das pessoas precisa ser compreendido também como uma questão de saúde pública.
É possível criar espaços como parques, praças e revitalizar as marginais dos
rios para garantir esses benefícios”, explicou.
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Os diversos exemplos que tivemos no fim do ano passado e início desse ano,
mais uma vez, comprovaram a necessidade urgente de uma ampla reforma
política. E...
Há 4 horas
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