No último ano foram
identificadas 17,8 mil tentativas de fraude no período — um alerta para que as
empresas reforcem a segurança das operações e, ao mesmo tempo, os consumidores
adotem hábitos mais seguros ao comprar online
Em 2025, o e-commerce
brasileiro deve bater mais um recorde. Mas o que vem junto com essa avalanche
de pedidos e cliques também preocupa. Estamos falando sobre o aumento das
fraudes digitais.
A Associação
Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta um faturamento de R$ 224,7
bilhões para o setor este ano, 10% a mais do que em 2024. Serão cerca de 435
milhões de pedidos e 94 milhões de consumidores navegando, comprando e (às
vezes) se arriscando nas vitrines virtuais. Tudo isso em um mercado que já
cresce ininterruptamente há oito anos.
Datas como Cyber
Monday, Dia dos Pais, Natal e até períodos de liquidação contínua exigem, mais
do que nunca, plataformas preparadas e seguras. As chamadas “temporadas
quentes” do varejo tornam a reta final do ano não só um esquenta estratégico
para promoções, como também para tentativas de fraude.
A Black Friday está
marcada: 28 de novembro. E se, por um lado, as promoções movimentam a economia
digital, por outro, também escancaram as portas para golpistas. Mas o
crescimento vem com um custo. E não é só financeiro.
A edição de 2024 já
deu sinais do que esperar. Segundo a ConfiNeotrust e a ClearSale, só até o
meio-dia do sábado seguinte à Black Friday foram registradas 17,8 mil
tentativas de fraude. Valor estimado das tentativas barradas? R$ 27,6 milhões.
O ticket médio dos golpes impressiona: R$ 1.550,66, mais que o triplo do valor
médio de uma compra legítima.
E os alvos preferidos?
Games, informática e instrumentos musicais.
Mesmo com uma queda de
22% no valor total das fraudes em relação ao ano anterior, os especialistas são
categóricos: os criminosos digitais continuam ativos, e mais sofisticados.
Enquanto isso, o PIX
dispara. Na última Black Friday, as transações com o sistema instantâneo
saltaram 120,7% em um único dia. Foram movimentados R$ 130 bilhões, segundo o
Banco Central. Um feito histórico. Mas que também preocupa.
Mais velocidade, mais
acessos, mais instantaneidade, mais vulnerabilidades. E nem todas as
plataformas estão preparadas para isso. Lentidão, instabilidade e brechas de
segurança viram a porta de entrada perfeita para quem está do outro lado,
fraudadores atentos e oportunistas.
Essas falhas afetam
diretamente a experiência do usuário e a reputação das marcas. Um estudo da PwC
revela que 55% dos consumidores evitariam comprar de uma empresa após uma
experiência negativa, e 8% desistiriam de uma compra após um único incidente
desfavorável.
“Segurança digital não
é uma etapa final. É um processo contínuo que começa antes da primeira linha de
código”, resume Wagner Elias, CEO da Conviso, especialista em segurança de
aplicações (AppSec).
Para proteger os
softwares de e-commerce, o setor de segurança de aplicações (AppSec) — que deve
movimentar US$ 25 bilhões até 2029, segundo a Mordor Intelligence — trabalha
para encontrar vulnerabilidades antes que elas virem problemas reais.
O objetivo da AppSec é
mapear brechas de segurança antes que elas sejam exploradas por invasores.
Elias compara com a construção de uma casa: “É como construir uma casa já
pensando nos pontos de acesso: você não espera que alguém tente invadir para
depois instalar fechaduras ou câmeras. A ideia é antever os riscos e fortalecer
as defesas desde o início”, explica Elias.
E o CEO alerta que o
ideal seria as empresas revisarem constantemente suas plataformas para
identificar e corrigir possíveis brechas de segurança, criando uma cultura
contínua de proteção. “O fundamental é oferecer uma garantia real tanto para o
produto quanto para o consumidor, fortalecendo a confiança na plataforma e em
todo o processo de compra. E isso só é possível com um preparo que começa meses
antes da data".
Uma das soluções que
podem apoiar os e-commerces nesse processo é o Site Blindado, agora parte da
Conviso, empresa de segurança de aplicações e referência em AppSec. O selo de
confiança atua em diferentes níveis, atendendo desde lojas virtuais que
precisam de proteção básica até aquelas que demandam maior prova de
autenticidade, ou mesmo certificações mais rigorosas, como a PCI-DSS, exigida
para quem lida com dados de cartão de crédito.
Quem leva segurança a
sério colhe resultados. A Visa, por exemplo, bloqueou 270% mais fraudes em 2024
em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso só foi possível graças a um
investimento robusto: mais de US$ 11 bilhões em tecnologia e segurança nos
últimos cinco anos.
A chave? Inteligência
artificial, machine learning e análise de comportamento em tempo real. Tudo em
milissegundos. Sem atrapalhar o consumidor de verdade, que quer apenas garantir
o desconto no checkout.
Prevenção começa na
base. Mas como se proteger? As recomendações são claras e envolvem tanto
empresas quanto consumidores", reforça o CEO da Conviso.
Dicas para as
empresas:
Inclua segurança já na
fase de desenvolvimento dos sistemas;
Faça testes de
penetração (pentests) com frequência;
Integre ferramentas de
proteção ao seu DevOps sem perder agilidade;
Treine times de
tecnologia com foco em boas práticas de segurança;
Crie uma cultura onde
segurança é rotina, e não exceção.
E para o consumidor
que vai às compras digitais:
Fuja de promoções boas
demais para serem verdade;
Verifique se o site é
confiável (https, selos de segurança, CNPJ, etc.);
Dê preferência a
plataformas e apps já conhecidos;
Evite links recebidos
por e-mail ou redes sociais — principalmente de desconhecidos;
Ative a autenticação
em dois fatores sempre que possível.
“Enquanto o consumidor
precisa aprender a reconhecer sinais de risco, as empresas têm o dever de
oferecer ambientes blindados. É a combinação dos dois que sustenta a confiança
nas plataformas e mantém o mercado saudável”, conclui Elias.
Sobre a Conviso: https://www.convisoappsec.com
Sobre a adequação ao
PCI 4.0, acesse: https://auditoriapci.com.br/
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