O Supremo Tribunal
Federal abriu, na última quarta-feira (18), um inquérito para investigar os
responsáveis pelo roubo dos aposentados do INSS, o que indica o envolvimento de
autoridades no escândalo. Como o Jornal da Band antecipou, a investigação
aponta que políticos recebiam mesadas de associações envolvidas no esquema. Este
é o primeiro inquérito sobre as fraudes desde que o escândalo dos descontos
ilegais veio à tona. O ministro Dias Toffoli será o relator. O envio da
investigação ao Supremo indica que há autoridades com foro privilegiado
envolvidas.
Segundo fontes ligadas à investigação, os nomes e informações encaminhadas ao Supremo são de deputados e senadores, que agiam para favorecer as associações que descontaram bilhões de aposentados e pensionistas de forma ilegal. Alguns teriam recebido uma mesada que chegava a R$ 50 mil. Pelo menos 15 nomes de parlamentares estão na lista, incluindo partidos da base do governo e da oposição. O nível de envolvimento de cada um será investigado. Há, ainda, ex-deputados. A Conafer, a Contag e o Sindinapi estão entre as associações citadas nas investigações por ligações com políticos.
A Contag e o Sindinapi, que descontaram mais de R$ 2,5 bilhões de aposentadorias e pensões desde 2019, foram poupadas do pedido de bloqueio de bens feito pelo governo. As entidades negam irregularidades. Até agora, segundo a PF, 12 pessoas foram presas por suspeitas de serem operadoras do esquema, mas nenhum diretor de grande associação foi detido. Os investigadores se preparam para começar a ouvir os suspeitos.
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