O Serviço Geológico do
Brasil (SGB) realizou nova pesquisa que revelou o potencial para urânio do
depósito Rio Cristalino, em Santana do Araguaia (PA). A região faz parte do
Domínio Santana do Araguaia e tem ocorrências de urânio associadas a quartzitos
e metarcóseos na Serra do Matão. Até o momento, o SGB analisou oito das 15
ocorrências já conhecidas, além da descoberta de quatro novas ocorrências na
área. O depósito de Rio Cristalino abrange uma área de cerca de 9 mil km² e
está localizado a aproximadamente 50 km da zona urbana de Santana do Araguaia.
O estudo faz parte do Projeto Urânio Brasil, que tem como objetivo reavaliar e identificar novas áreas com potencial para a exploração de urânio no País. A iniciativa do SGB surgiu da recente flexibilização do monopólio sobre a pesquisa e lavra do urânio, o que abre novas oportunidades de parceria com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Na Serra do Matão, o SGB identificou duas sequências deposicionais distintas.
A sequência inferior é composta principalmente por quartzitos intercalados com pelitos carbonosos, enquanto a sequência superior contém maior quantidade de metarcóseos. O empilhamento e as estruturas sedimentares indicam ambiente deposicional continental provavelmente com influência fluvial e deltaico. As formações geológicas identificadas na região podem ser correlacionadas ao Grupo Rio Fresco ou à Formação Mururé.
Apesar das pesquisas confirmarem o grande potencial da região, o SGB afirma que ainda são necessários novos levantamentos para melhor classificar o tipo de depósito e a extensão das anomalias encontradas. O Projeto Urânio Brasil segue avançando com novas pesquisas para ampliar o conhecimento sobre as ocorrências de urânio no País e fortalecer o setor mineral brasileiro.
Área conhecida desde a década de 80. Anomalia radiometrica oriunda do Convênio Geofisico Brasil - Canadá ( ex DNPM).
ResponderEliminarO Serviço Geologico ( ex CPRM) omite bibliografia dos trabalhos realizados pela NUCLEBRAS e se acha dona do pedaço.
Não tem nenhuma expertise no assunto.
A Nuclebrás desenvolveu projetos de prospecção e pesquisa que cobriu aproximadamente 30% do território brasileiro em menos de 8 (oito), alcançando resultados extraordinários e originais e resultando nas expressivas reservas atuais de urânio. Os projetos de prospecção e pesquisa da Nuclebrás foram paralisados em 1983 e desde então não foi adicionado 1 ppm sequer nas reservas brasileiras de urânio registradas naquela época. A Nuclebrás deixou enormes acervos técnicos, que podem ser encontrados aos cuidados da CNEN (Comissão nacional de Energia Nuclear) e da INB (indústrias Nucleares do Brasil). Espero que que não estejam jogados pelos cantos, perdidos e empoeirados e sim, disponíveis e bem cuidados. A SUPPM (Superintendência Geral de Prospecção e Pesquisa) da Nuclebrás foi a responsável pela prospecção e pesquisa com seu quadro próprio de geólogos brasileiros, sem consultoria internacional ou nacional, e desenvolveu de forma inédita no mundo nuclear e em pouco tempo (menos de 8 anos; um recorde) uma capacidade científica e técnica avançadíssima, que elevou o Brasil a ter a sétima maior reserva mundial de urânio e com um potencial para ser uma das três primeiras. Que o SGB (Serviço Geológico Brasileiro) também conhecido como CPRM (Companhia Pesquisa de Recursos Minerais) faça bom uso de rico e volumoso acervo técnico oriundo da Nuclebrás, mas que não faça como tantos outros já fizeram, de omitirem as realizações inéditas da SUPPM da Nuclebrás. (Walter de Brito, Geólogo e Especialista em Geologia do Urânio)
ResponderEliminar