O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) vetou um projeto de lei que isentaria a cobrança do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de móveis e eletrodomésticos
comprados por moradores de áreas atingidas por desastres naturais ou eventos
climáticos extremos. A medida beneficiaria, já nesse primeiro momento, as
pessoas afetadas pelas cheias de maio no Rio Grande do Sul. A catástrofe
climática no estado deixou 183 mortes.
A decisão do presidente foi publicada na edição desta quinta-feira (5) do “Diário Oficial da União”. Cabe ao Congresso avaliar, em sessão a ser marcada, se mantém a decisão do presidente. Caso os parlamentares derrubem o veto, a isenção entrará em vigor. O ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, afirmou que o governo estuda outras formas de viabilizar a compra de produtos da linha branca, isentos de IPI, pela população atingida pelas cheias.
Renúncia fiscal sem
compensação
Lula vetou o projeto de forma integral após consultar os ministérios da Fazenda e do Planejamento. Na justificativa enviada ao Congresso, o presidente afirmou que o projeto descumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal por criar renúncia de receita sem previsão na lei orçamentária, sem medida de compensação e sem previsão de prazo máximo de vigência de cinco anos. Lula também apontou que os benefícios tributários poderiam ser “apropriados sob a forma de aumento de margem de lucro dos produtores ou fornecedores dos bens”, sem alcançar o objetivo de “mitigar danos materiais de residentes em áreas atingidas por desastres naturais ou eventos climáticos extremos”.
Por G1
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