Em entrevista ao UOL
News na manhã desta segunda-feira (04), o ex-ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse que não cabe ao Supremo julgar o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já que não cabe ao órgão analisar casos
envolvendo ex-presidentes. “Vamos repetir o problema da competência. Jair
Messias Bolsonaro é um ex-presidente da República e não compete ao Supremo
julgar ex-presidente”, disse o ex-ministro. “Não vejo como estar se julgando no
Supremo, em martelada única cidadãos comuns, que deveriam estar na primeira
instância, com possibilidade de recurso – inclusive o de revisão da decisão
proferida”.
De acordo com Marco Aurélio Mello, é possível avaliar um eventual pedido de anistia a Bolsonaro. O ex-ministro do STF ainda classifica os atos de 8 de Janeiro como “baderna” e não como parte de uma tentativa de golpe de Estado. “A anistia é uma deliberação, um perdão, algo que se mostra sadio em um contexto. Precisamos esperar que haja realmente um pronunciamento a favor ou contra a anistia. O perdão é sempre bem-vindo”, afirmou o ex-magistrado.
“Vejo a possibilidade de se analisar [um pedido de anistia a Bolsonaro] e que haja a deliberação a respeito. O que não se pode é, a priori, afastar a anistia do cenário. De certa forma, a sociedade busca o sangue às vezes, mas isso não se coaduna com o Direito”, afirmou. “A anistia, implementada, é um fato consumado. Aqueles que tiveram comprometimento quanto à baderna que houve em 8/1 devem responder sob o ângulo cível e criminal. Não vejo como tentativa de golpe. Não vejo como se chegar a um golpe sem ter, por exemplo, o apoio das Forças Armadas”.
Gazeta Brasil

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