"O uso do sonar
foi feito, em partes, deixou muito a desejar", disse Abel Galindo,
respondendo ao presidente do colegiado, senador Omar Aziz.
Ouvidos na CPI da Braskem, especialistas explicaram aos senadores as peculiaridades geológicas e falhas da empresa petroquímica Braskem que levaram aos danos ambientais causados em Maceió pela extração de mineral. Os depoentes afirmam que os riscos de afundamento nas minas de sal-gema eram conhecidos desde os anos 1970 e que as rachaduras nas casas das regiões começaram a surgir em 2008. Os depoimentos foram prestados nesta terça-feira (5).
As convocações atenderam a requerimentos do relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE). Ele afirmou que, de acordo com o que ouviu, considera a Braskem responsável pelos danos. “Ficou claro que a empresa não seguiu as boas práticas de engenharia. Quando as rachaduras começaram a aparecer, o movimento da empresa foi de negação de que tivesse algo a ver com a exploração do minério sal-gema. Está claro que não foi feito nada objetivamente no início das rachaduras”, disse.
Monitoramento -Engenheiro civil e professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Abel Galindo Marques afirmou que a Braskem não tomou as devidas precauções com relação aos riscos particulares da abertura de minas nas camadas de sal-gema no subsolo. Para ele, a empresa não observou a distância de segurança de 100 metros entre as minas e não utilizou devidamente a tecnologia de sondagem e de sonares (equipamentos de medição do tamanho das cavidades) para monitorar riscos de afundamentos.
“O uso do sonar foi feito, em partes, deixou muito a desejar”, disse Abel Galindo, respondendo ao presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM). Mas, para Galindo, as situações em que a empresa realizou o monitoramento eram suficientes para conhecer os riscos. A resposta do convocado foi a um questionamento do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL).
“A Braskem já sabia disso? E quando soube, ela parou? Foi realmente algo que ela não tinha condições de saber o tamanho dessas minas embaixo?”, indagou o senador.

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