O Supremo Tribunal Federal (STF) pode retomar
neste ano a análise de um processo que se arrasta na corte há um quarto de
século e que pode afetar indiretamente as relações entre empregados e
empregadores. Trata-se da ADI 1.625, que questiona um decreto assinado em
dezembro de 1996 pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso,
suspendendo a adesão do Brasil à Convenção 158 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), que limita as demissões sem justa causa.
Ou seja, diferentemente do que começou a ser dito no último mês, o Supremo não vai decidir se é ou não possível demitir sem justa causa. O que a corte decidirá é se o presidente da República pode cancelar, sem a anuência do Congresso Nacional, a adesão do país a uma convenção internacional.
Além disso, segundo ministros do Supremo e especialistas em Direito Trabalhista consultados pela revista eletrônica Consultor Jurídico, mesmo que o tribunal derrube o decreto de FHC, não haverá nenhum efeito prático imediato sobre as demissões sem justa causa. Isso porque a convenção precisaria ainda ser regulamentada por meio de uma lei complementar, o que exigiria maioria absoluta nas duas casas do Congresso (41 dos 81 senadores e 257 dos 513 deputados federais).
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