A Petrobras informou ao mercado, na manhã desta
segunda-feira (3), o início da fase vinculante referente à venda de seus
direitos minerários para pesquisa e lavra de sais de potássio situados na Bacia
do Amazonas. Os ativos da estatal à venda são compostos por 34 títulos
minerários de sais de potássio localizados na Bacia do Amazonas e outorgados
pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Incluem-se na lista oito concessões
de mineração de sais de potássio, quatro solicitações de mineração e 22 títulos
de mineração em processo de obtenção de autorização de pesquisa da agência de
mineração local.
A estatal busca licitantes com patrimônio mínimo de US$ 2 bilhões e fez um aviso: pode excluir concorrentes localizados em países sujeitos a sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, Estados Unidos e União Europeia, entre outros. Em abril, a Petrobras cancelou um acordo com a russa Acron para vender a fabricante de fertilizantes nitrogenados UFN-III, alegando que o plano de negócios não conseguiu as aprovações governamentais necessárias.
Lembrando que a venda de direitos minerários de potássio faz parte da estratégia da Petrobras de alienar ativos não essenciais para se concentrar na exploração de descobertas de hidrocarbonetos na região offshore do pré-sal. “Os potenciais compradores habilitados para essa fase receberão carta-convite (Process Letter) com instruções detalhadas sobre o processo em tela, incluindo orientações para a realização de due diligence e para o envio das propostas vinculantes”, disse a estatal no comunicado.
A Petrobras detém há décadas direitos de mineração nas áreas conhecidas como Fazendinha e Ariri, estudando alternativas para o negócio. De acordo com os dados da Petrobras, o ativo de mineração de potássio na região Norte do País possui um potencial de produção equivalente a aproximadamente 6% da produção global atual e mais de um terço do consumo anual de potássio do Brasil. Os agricultores brasileiros têm enfrentado dificuldades para comprar fertilizantes, com o País importando cerca de 80% do total.
Um dos motivos da importação é a guerra na Ucrânia, que tornou os ativos de potássio mais atraentes, já que o mineral é um dos principais componentes dos fertilizantes utilizados no agronegócio nacional e, atualmente, a demanda pelo produto vem crescendo cada vez mais. “O conflito entre Rússia e Ucrânia reforçou a preocupação com a vulnerabilidade da dependência brasileira de importação de fertilizantes e demonstra as oportunidades associadas à produção local”, reforçou a Petrobras em seu comunicado, justificando o projeto de venda do ativo de mineração de potássio no Norte do País.
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