Scooby-Doo é um famoso desenho do final dos
anos 1960 que se tornou muito popular nos Estados Unidos e no Brasil. Agora, um
novo filme está transformando uma das principais personagens, Velma, em
lésbica. O novo filme de animação Trick or Treat Scooby-Doo! (ainda sem título
em português), lançado nas plataformas digitais, retrata Velma se sentindo
atraída por uma nova personagem feminina chamada Coco Diablo.
Em um clipe compartilhado no Twitter, Velma – a
personagem mais inteligente da turma do Scooby-Doo – é retratada se aproximando
pela nova personagem e por suas sinalizações de virtude como suas preferências
de moda e o fato de “gostar de animais”. Em seguida, os óculos de Velma embaçam
com paixão romântica e ela fica vermelha. Em outra cena, Velma ouve sua amiga
Daphne encoraja-la a buscar um relacionamento com Diablo: “Agora é sua chance
de falar com ela”.
Nos desenhos e filmes anteriores, Velma se
sentia atraída pelo sexo oposto. Em Scooby-Doo 2, a personagem tinha uma queda
por um garoto. Em 2019, grupos ativistas LGBT fizeram pressão para que 20% de
todos os personagens da TV fossem descritos como homossexuais até o ano de
2025.
Em 2021, a Disney anunciou que estava
reiniciando a série animada A Família Radical com novos personagens, incluindo
pais homossexuais, de acordo com informações do portal The Christian Post. O
estúdio de animação da Disney Pixar produziu seu longa-metragem Dois Irmãos:
Uma Jornada Fantástica em 2020, apresentando uma personagem lésbica e seu
primeiro curta-metragem abertamente LGBT, Segredos Mágicos.
Em 2017, a série do Disney Channel Andi Mack
apresentou um romance adolescente do mesmo sexo. No mesmo ano, a inclusão de um
“momento gay” no filme A Bela e a Fera motivou pedidos de boicote de líderes
cristãos. O desenho Star vs. As Forças do Mal apresentou a primeira princesa
masculina da empresa no mesmo programa que anteriormente gerou polêmica por
apresentar os primeiros beijos do mesmo sexo.
Outros meios de entretenimento, antes
conhecidos por produzirem programação infantil voltada para a família, como
Cartoon Network e Nickelodeon, também passaram a incluir personagens LGBT. Grupos
conservadores cristãos, como a American Family Association (AFA), argumentam
que o conteúdo LGBT na programação infantil promove comportamentos pecaminosos.
O presidente da AFA, Tim Wildmon, disse: “A
agenda sócio-política LGBT está na rua. Todos nós a vemos todos os dias, mas
ela tem como alvo nossas crianças e adolescentes, e a agenda está sendo
promovida na cultura popular dominante”.
“Muitos adultos podem não mudar de ideia sobre
o assunto, então a agenda está sendo empurrada por meios anteriormente não
convencionais, como programação infantil de televisão, roupas, sapatos,
revistas para adolescentes, filmes de sucesso e até bibliotecas públicas.
Líderes e defensores dessa agenda têm pensado no futuro por muitos anos,
trabalhando em última análise para que os jovens votem em políticas pró-LGBT
nas urnas”, alertou.
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