Desoneração beneficia atualmente 17 setores da
economia.
O candidato à reeleição para a Presidência da
República, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta quinta-feira (13) que, se vencer o
pleito, vai desonerar a folha de pagamento do setor de saúde. Declaração foi
durante eventos de campanha no Recife, em Pernambuco.
“Pedi para [o ministro da Economia, Paulo
Guedes] desonerar a folha [de pagamento] da saúde no Brasil. São 17 setores que
já estão desonerados, e ele falou que eu poderia anunciar a desoneração da
saúde no Brasil. O impacto é compatível”, disse. “Hoje o setor não desonerado
paga um imposto em cima da folha de 20%. A desoneração passa a ser de 1% a 4%
do faturamento bruto da empresa. Vai ser vantajoso, e vamos dar mais uma
sinalização para questão do piso da enfermagem no Brasil”, completou.
Projetos em tramitação na Câmara dos Deputados
e no Senado também tratam da desoneração da folha de pagamento para o setor de
saúde.
“Isto ajuda, em especial, a implementação do
piso para enfermeiros. Eu lamento que o Supremo Tribunal Federal, na figura do
ministro Luiz Barroso, ter concedido uma liminar para não pagar o piso para
eles. Nós estamos fazendo mais que a nossa parte. Estamos procurando atender um
setor que, durante a pandemia, deu mostras, para o Brasil e para o mundo todo,
de resiliência, de amor ao próximo, sacrificando sua própria vida”, disse.
Ainda em Recife, outro assunto abordado pelo
presidente, ao ser perguntado por repórteres, foi a possibilidade de se votar a
redução da maioridade penal. Atualmente, um jovem com menos de 18 anos não
responde a qualquer crime como adulto, o que representa penas bem menores.
“O Congresso eleito atualmente foi muito mais
para a centro-direita. Então pautas como a redução da maioridade penal, se
formos reeleitos, nós implementaremos e podemos dizer, sim, temos muita chance
de aprovar a redução da maioridade penal. A molecada que rouba celular para
tomar cervejinha, vai acabar essa mamata. E a grande maioria dos jovens que são
responsáveis vão ganhar a sua carteira nacional de habilitação”, afirmou.
Atualmente, a desoneração beneficia 17 setores
da economia. A medida tem validade até o fim de 2023 para as empresas de
transporte rodoviário coletivo e de cargas, metroferroviário de passageiros,
empresas de informática, de circuitos integrados, de tecnologia de comunicação,
do setor da construção civil, empresas de obras de infraestrutura, empresas de
call center, calçados, confecção e vestuário, couro, jornais e empresas de
comunicação.
Com isso, as empresas podem optar por deixar de
pagar a contribuição previdenciária calculada sobre a folha de pagamentos, de
20% sobre os salários dos empregados, e continuar a contribuir com a alíquota
sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%. Em tese, a iniciativa oferece um
maior incentivo para a contratação de pessoal.
Em discurso para lideranças evangélicas e
políticas, Bolsonaro citou ações para o desenvolvimento da Região Nordeste nas
áreas de energia e mineração e o trabalho do seu governo em assistência social,
especialmente direcionado às mulheres.
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