A mudança de domicílio
eleitoral pode tirar Sergio Moro das eleições 2022. O ex-ministro da Justiça e
sua esposa, Rosângela Moro, são investigados pelo Ministério Público Federal (MPF)
por suposta fraude na transferência do domicílio eleitoral para que o ex-juiz
possa se candidatar por São Paulo. A denúncia contra o casal contém 19 páginas
questionando as informações apresentadas à Justiça Eleitoral. O MPF entendeu
que os documentos entregues no ato da mudança não convencem, impondo a
necessidade de aprofundamento do inquérito. Por isso, o promotor Reynaldo
Mapelli Júnior solicitou que Sergio Moro e Rosângela prestem depoimento
presencial na Polícia Federal. Se comprovada fraude, eles podem ter uma pena de
cinco anos de prisão, além de multa e perda dos direitos eleitorais.
Segundo o Ministério Público Federal, o ex-ministro apresentou um contrato de locação de imóvel assinado pela esposa no dia 28 de março. Rosângela solicitou a mudança do domicílio eleitoral um dia depois, em 29 de março, e Sergio Moro em 30 de março. No entanto, a legislação estabelece residência mínima de três meses no novo local antes de fazer a alteração junto à Justiça Eleitoral. De acordo com o promotor, o casal também teria apresentado outros documentos, que são considerados questionáveis.
Nas redes sociais, Sergio Moro afirmou que o inquérito é uma intimidação. Para o ex-ministro, que chegou a ser considerado pré-candidato à presidência da República, a investigação visa atrapalhar possível participação na disputa eleitoral de outubro. “A bola da vez é meu domicílio eleitoral e de minha esposa. É sério que essa é a discussão? Enquanto tem condenado em três instâncias solto por aí e posando de candidato a salvador da pátria?”, questionou, em vídeo. A data do depoimento de Sergio Moro e de Rosângela Moro na Polícia Federal deve ser divulgada nos próximos dias.
JP
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