A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) adiou a decisão sobre a proibição ou não do uso do carbendazim nas
plantações brasileiras. O agrotóxico é suspeito de causar câncer e malformações
em fetos, mas mesmo assim segue em uso no Brasil por tempo indeterminado. Estudo
da Anvisa já recomendava a proibição da venda e aplicação do defensivo
agrícola, porque ele é tóxico até em pequenas quantidades.
O julgamento do uso desse agroquímico começou ainda em fevereiro, mas, em 27 de abril, a agência decidiu prorrogar o prazo de discussão sobre o efeito tóxico do produto. A Anvisa ainda quer consultar o Ministério da Agricultura e o Instituto Nacional de Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) sobre o tema. A intenção da agência é de que o processo termine em 30 dias, quando encerra a tomada pública de subsídios, onde há a consulta de especialistas e órgãos. O objetivo é haver uma deliberação o quanto antes.
Carbendazim é um fungicida muito usado em lavouras de soja, feijão e arroz e está presente em mais de 20 marcas de defensivos no mercado. Os fabricantes do agrotóxico se organizaram nesse período do processo para mobilizar medidas que adiariam a análise por parte da vigilância sanitária. A Anvisa atendeu a duas reivindicações desses industriais.
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