A expectativa de um acordo que destrave as
negociações para o orçamento dos Estados Unidos em 2022 deu uma trégua ao
mercado financeiro. O dólar, que chegou a ultrapassar R$ 5,53 no início da
tarde, desacelerou no fim da tarde e fechou abaixo de R$ 5,50. A bolsa de
valores encerrou com estabilidade pelo segundo dia consecutivo.
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 5,486, com leve alta de 0,02%. A cotação continua no valor mais alto desde 23 de abril (R$ 5,497), mas a alta poderia ser maior não fosse a redução das pressões do mercado norte-americano nas horas finais de negociação. A moeda norte-americana acumula alta de 2,18% na semana. Até o momento, a divisa subiu 5,73% em 2021.
No mercado de ações, o dia foi parecido. O índice Ibovespa, da B3, caiu durante quase toda a sessão, mas aproximou-se da estabilidade perto do encerramento e fechou em 110.560 pontos, com alta de 0,09%. O indicador acumula queda de 7,11% em 2021.
No meio da tarde, o líder republicano no Senado norte-americano, Mitch McConnell, disse que o partido, de oposição ao governo de Joe Biden, votaria a favor de uma extensão do teto da dívida pública dos Estados Unidos até dezembro. O anúncio tranquilizou os investidores, ao adiar um shutdown (paralisação) da máquina pública na maior economia do planeta.
No Brasil, o dólar iniciou o dia em alta e a bolsa caiu após a divulgação da queda de 3,1% nas vendas do varejo em agosto, na comparação com o mês anterior. O dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que a recuperação econômica pode estar chegando ao fim.
Pela manhã, o Banco Central (BC) leiloou US$ 700 milhões em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro, para segurar a alta da moeda norte-americana. Desde a semana retrasada, o BC tem feito esse tipo de operação, considerada uma intervenção discreta no câmbio. No fim da tarde, o órgão anunciou a rolagem (renovação) de US$ 9,9 bilhões de contratos de swap cambial que venceriam em janeiro de 2022.
Por Wellton Máximo | Agência Brasil
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