A venda de cimento no Brasil em setembro saltou
21,1% sobre mesmo mês de 2019, a 5,76 milhões de toneladas, com impulso dos
segmentos de construção residencial e pequenas reformas, segundo dados da
entidade que representa os fabricantes do insumo, Snic, divulgados nesta
quarta-feira. Sobre agosto, as vendas tiveram ligeiro incremento de 0,3%. No
acumulando no ano até setembro, o crescimento foi de 9,2%, a 44,45 milhões de
toneladas.
“Os resultados são surpreendentes até agora, mas ainda não dão segurança a longo prazo. As vendas estão sendo sustentadas, em sua grande maioria, pelas construções imobiliárias”, disse o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna, citando a atividade de reformas em imóveis residenciais e comerciais, em comunicado. “É fundamental que os investimentos em saneamento e a retomada das obras de infraestrutura, atividades de extrema importância para a indústria do cimento, saiam do papel e integrem de vez a esperada agenda de crescimento do país”, acrescentou.
Em setembro, todas as regiões do país tiveram crescimento de vendas sobre um ano antes, com destaque para alta de 32% da região Norte e de 30% no Nordeste. O Sudeste mostrou incremento de 17%, enquanto Centro-Oeste teve avanço de 27%. As vendas no Sul subiram cerca de 15% no período. Segundo o Snic, além de fraqueza na área de infraestrutura, o setor segue preocupado com a ausência de lançamentos imobiliários que se efetivem em obras e com o comportamento da chamada autoconstrução, “principalmente por conta da tendência crescente dos índices de desemprego da economia e o esgotamento dos recursos pessoais destinados as reformas”.
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