A Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) irá
apresentar nesta quarta-feira (21) a cultivar de uva de mesa BRS Tainá, a
primeira totalmente desenvolvida na Região Nordeste. Voltada para a produção no
pólo de fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, a uva exibe coloração
branca, sabor neutro e agradável, além de ser uma variedade sem semente, uma
das mais importantes características exigidas pelo mercado.
A nova cultivar será apresentada no dia 21 de
outubro, às 19h30, em Dia de Campo on-line transmitido pelo canal da Embrapa no
Youtube. O evento é aberto ao público e contará com a palestra da pesquisadora
Patrícia Coelho de Souza Leão, responsável pela condução dos trabalhos de
melhoramento de uva na região. Também contará com o depoimento de produtores
que têm áreas experimentais da uva em suas propriedades.
Proveniente do cruzamento realizado em 2004
entre as cultivares internacionais Sugraone e Marroo Seedless, que fazem parte
do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Semiárido, a BRS Tainá é o
resultado de um intenso esforço para disponibilizar aos produtores de uva do
Vale uma cultivar branca sem os altos custos de licenciamento de plantio, os
chamados royalties, comum nas variedades estrangeiras, explica Patrícia.
A cultivar faz parte do programa de
melhoramento genético da Embrapa, denominado "Uvas do Brasil", sendo
a primeira variedade de uva com todas as etapas de melhoramento genético, desde
o cruzamento até a validação, realizadas pela Embrapa nas condições ambientais
tropicais semiáridas. O plano de lançamento da BRS Tainá encontra-se em fase de
licenciamento para viveiristas e em breve estará disponível para os produtores.
As características da nova variedade fazem jus
ao nome de batismo. "Tainá", de raiz indígena Tupi-Guarani, é uma
homenagem ao Brasil, um nome feminino, forte e que remete às origens do nosso
País, conforme a pesquisadora Patrícia Leão. Trata-se de uma planta vigorosa,
com produtividade média estimada, no Submédio do Vale do São Francisco, de 25
toneladas por hectare por ciclo de produção.
O período desde a poda até a colheita está em
torno de 110 dias, com pequenas variações ao longo do ano, em função das
condições climáticas. Os cachos da BRS Tainá apresentam tamanho médio, com peso
de 270 gramas e medindo cerca de 15 x 10 centímetros.
A nova cultivar se destaca ainda por apresentar
características desejáveis em uvas para o consumo in natura, como crocância,
bagas firmes, com boa aderência ao pedicelo e traços minúsculos e
imperceptíveis de sementes. O sabor é neutro e agradável, com uma relação
equilibrada entre açúcares e acidez. É uma opção promissora e com grande
potencial para se destacar no mercado de uvas de mesa brancas sem sementes.
(Embrapa)
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