“Política não é profissão. A vida política
precisa de constante renovação, de oxigênio novo. Ninguém é insubstituível.”
No Brasil, ser político é uma festa. De fato,
as mordomias são fartas e o dinheiro jorra como água para bancar a casta
política. Por outro lado, as luzes da
ribalta do poder estão sempre prontas
para iluminar e desobstruir quaisquer dificuldades pessoais dos políticos e de seus de amigos. Quer coisa
melhor do que ser político no Brasil?
Pois bem, quem entra para a política esquece
as suas profissões porque são tantas as
vantagens auferidas que não vale a pena retornar às lides profissionais.
Portanto, a partir de uma assentada em
cadeira no Legislativo ou no Executivo, é atraída, para essa vida política “espinhosa e
cansativa”, toda a corriola parental, ávida em tirar proveito da coisa pública.
A reeleição é um retrocesso à dinâmica
renovadora política. Representa a mesmice sendo ovacionada por incautos
eleitores, conduzidos pelo imoral instituto do voto obrigatório. Tanto a
reeleição quanto o voto obrigatório,
responsáveis pelo baixo nível do quadro politico nacional, deveriam ser
revogados.
O direito de reeleição dos chefes do Executivo fere
os princípios de alternância no poder, de limitação temporal e, principalmente,
de equidade nas condições de competição política. O candidato que ocupa um
cargo público gozaria de poderes excepcionais, como o uso da máquina pública,
durante o processo eleitoral. Ou seja, a possibilidade de reeleição motivaria
os candidatos que buscam se reeleger no exercício do cargo a utilizar a máquina
pública para obter sucesso eleitoral. Ademais, a reeleição estabelece um
incentivo à personalização do poder e, principalmente, à perpetuação das elites
políticas no poder.
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