O Ministério da Saúde da Rússia concedeu a
aprovação regulatória para a primeira vacina contra Covid-19 do mundo,
desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, após menos de dois meses de
testes em humanos. O anúncio foi feito nesta terça-feira (11) pelo presidente
do país, Vladimir Putin. Ele afirmou que espera que a Rússia comece em breve a
produção em massa da vacina, e anunciou que sua filha já recebeu uma dose da
substância.
Segundo Mijaíl Murashko, ministro da Saúde do
país, a vacina mostrou eficácia e segurança. Em declaração recente, a
vice-primeira-ministra Tatyana Golikova, que supervisiona a resposta russa ao
novo coronavírus, disse que o país planeja começar a produzir duas vacinas em
setembro e outubro.
“Uma delas é desenvolvida em conjunto pelo
Instituto Gamaleya do Ministério da Saúde e pelo 48º Instituto de Pesquisa do
Ministério da Defesa”, disse Golikova. “Em agosto, planejamos registrá-la
condicionalmente, o que significa que, após o registro, haverá ensaios clínicos
em 1,6 mil pessoas. A produção em massa da vacina está prevista para setembro
de 2020″
O desenvolvimento acelerado da vacina russa
preocupa especialistas, além de despertar dúvidas sobre a segurança,
efetividade e a possível supressão de etapas essenciais no desenvolvimento. Até
o momento, a Rússia não divulgou dados científicos sobre os testes de sua
vacina e a CNN não conseguiu verificar sua segurança e eficácia. O governo
russo diz, no entanto, que os dados científicos estão sendo compilados e serão
disponibilizados para revisão por cientistas e publicados no começo de agosto.
Críticos também afirmam que os esforços do país
para desenvolver uma vacina ocorrem em meio à pressão política do Kremlin, que
pretende mostrar que a Rùssia é uma força científica global. Nesta terça, a
Rússia reportou 4.945 novos casos de Covid-19 e 130 mortes em apenas 24 horas.
CNN BRASIL
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