As autoridades locais da Mongólia Interior,
região do norte da China, confirmaram no início desta semana que um pastor está
infectado com a peste bubônica, popularmente conhecida como peste negra, doença
que, durante a Idade Média, levou à morte um terço da população da Europa.
O caso, porém, é estável. O pastor foi
diagnosticado com a doença no domingo 5 em Bayannur, cidade com cerca de 1,6
milhão de habitantes. Ele está atualmente sob tratamento em um hospital. O
governo municipal alertou os cidadãos para não caçar animais roedores nem se
alimentar deles. A população local também foi recomendada a reportar qualquer
roedor morto que encontrar.
De acordo com a Veja, a cidade ficará até o
final do ano sob medidas de prevenção de pragas, que não devem envolver nenhum
isolamento social, como as quarentenas adotadas para contenção da Covid-19. No
final de junho, dois casos de peste bubônica já haviam sido reportados na
Mongólia, país que faz fronteira com a região homônima da China, envolvendo
pessoas que consumiram carne de marmota.
Os doentes em ambos os casos também estão em
situação estável. Causada pela bactéria Yersinia pestis, a peste bubônica não é
transmitida entre pessoas, mas pelo contato com pulgas infectadas, que costumam
ser encontradas em roedores, como as marmotas e os ratos. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), a peste bubônica é fatal em cerca de 30% a 60% dos
casos não tratados.
Durante a Idade Média, devido à precariedade
das condições sanitárias, pelo menos 70 milhões de europeus, um terço da
população do continente, morreu pela doença. A OMS chegou a classificar a
“peste” — classificação que envolve a peste bubônica e uma outra doença
semelhante chamada peste pneumônica — como uma infecção re-emergente em 2018
depois de 3.248 casos, incluindo 584 mortes, terem sido reportados em todo o
mundo entre 2010 e 2015.

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