Governadores reunidos na tarde
desta quarta-feira (25) em videoconferência aprovaram uma carta com uma série
de reivindicações ao governo federal (leia a íntegra ao final desta reportagem)
para fazer frente à crise do coronavírus, entre as quais a aplicação da lei que
institui uma renda básica de cidadania para todos os brasileiros.
Sancionada em 2005 pelo então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei prevê o “direito de todos os
brasileiros residentes no País e estrangeiros residentes há pelo menos 5
(cinco) anos no Brasil, não importando sua condição socioeconômica, receberem,
anualmente, um benefício monetário”.
A lei diz que caberá ao Poder
Executivo estipular o valor do benefício e prevê o pagamento de parcelas
mensais, de mesmo valor, para todos os cidadãos, a fim de atender “às despesas
mínimas de cada pessoa com alimentação, educação e saúde, considerando para
isso o grau de desenvolvimento do País e as possibilidades orçamentárias”.
Os governadores também querem a
suspensão por 12 meses do pagamento das dívidas dos estados com a União e
bancos públicos /Concluída a reunião, os governadores tiveram um tempo para
avaliar e aprovar as propostas, o que aconteceu no início da noite, segundo
informou a assessoria do governo do estado de São Paulo. Participaram do
encontro 26 dos 27 governadores – o único ausente foi o do Distrito Federal, Ibaneis
Rocha (MDB) – e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
As propostas a serem apresentadas
ao governo federal são as seguintes:
Suspensão por 12 meses do
pagamento das dívidas dos estados com a União, Caixa Econômica Federal, Banco
do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
disponibilização de linhas de créditos do BNDES para aplicação em serviços de
saúde e investimentos em obras
Viabilização emergencial e
substancial de recursos “livres” do governo federal
Mudanças no regime de recuperação
fiscal e aprovação do chamado Plano Mansueto. Pelo plano, enviado em junho do
ano passado ao Congresso, a União propõe dar aval para estados com baixo nível
de endividamento contratarem empréstimos junto ao setor financeiro e concede
prazo de até cinco anos aos estados que estão descumprindo os limites da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) para que possam se reenquadrar nos limites
estabelecidos.
Redução da meta de superávit
primário para evitar ameaça de contingenciamento (bloqueio) orçamentário. Aplicação
da Lei 10.835/2004 que institui a renda básica da cidadania.
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