É possível resumir que há dois
tipos de propagadores de fake news na internet: militantes políticos empenhados
em atacar a reputação dos adversários de seus candidatos e empresas ou
indivíduos que fabricam notícias falsas com o intuito de ganhar dinheiro por
meio de anúncios ou de soluções para problemas embusteiros (sobretudo vindos do
Google AdSense, ferramente de publicidade do Google).
No meio disso há o público deste
tipo de conteúdo, vítima da desinformação e que, em muitas das vezes, é incapaz
de reconhecer a falácia. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta
quinta-feira (13) pela empresa de cyber segurança Kaspersky, que se aprofundou
em entender como a América Latina lida com as fakes news.
Em média, 70% dos
latino-americanos não sabem identificar ou não têm certeza se conseguem
diferenciar se uma notícia na internet é falsa ou verdadeira. Por
nacionalidade, os cidadãos que menos conseguem reconhecer notícias falsas são
os peruanos (79%), seguidos pelos colombianos (73%) e chilenos (70%).
Mais atrás estão os argentinos e
mexicanos, com 66%, e então os brasileiros (62%). A pesquisa também mostrou que
16% dos entrevistados desconhecem completamente o termo “fake news”, um aspecto
em que os peruanos também se destacam, com 47% dos indivíduos alegando que não
sabem o que a palavra significa.
Por outro lado, os brasileiros
são os mais familiarizados com o termo, visto que apenas 2% desconhecem a
expressão. De acordo com a Veja, ainda de acordo com a pesquisa, apenas 2% dos
latino-americanos consideram as notícias falsas inofensivas, enquanto a grande
maioria as classifica como perigosas e eventualmente danosas.
E ainda: 72% dos entrevistados
acreditam que as fakes news viralizam para que alguém receba algo em troca ou
para causar dano a algo/alguém. Mesmo tendo essa percepção negativa, o ponto
positivo é que quase metade dos brasileiros (42%) ocasionalmente questiona o
que lê na web.
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