Setenta por cento dos brasileiros esperam melhorar sua
condição econômica – e a de sua família – nos próximos cinco anos, segundo
pesquisa realizada em 28 países pela Edelman, agência global de comunicação com
escritórios em todos os continentes.
Os otimistas só predominam em economias emergentes. Os mais
animados são os quenianos: 90% indicaram esperança de melhora. Os chineses praticamente
empataram com os brasileiros, com 69% de respostas positivas.
Em 15 dos 28 países houve maioria de pessimistas. Esse grupo
inclui todos os mercados mais desenvolvidos. Nos Estados Unidos, boas
expectativas só foram apontadas por 43% dos consultados. Esperança de progresso
pessoal e familiar nos próximos cinco anos foram manifestadas, no Japão, apenas
por 15% dos entrevistados. Na França, 19% deram essa resposta. Na Alemanha,
23%. No Reino Unido, 27%.
Iniciada em 2001, a pesquisa Edelman Trust Barometer mede a
confiança das pessoas no governo, nas empresas, nas organizações não
governamentais (ONGs) e nos meios de comunicação. Para a edição de 2020 foram
consultadas mais de 34 mil pessoas em 28 países.
De modo geral, as pessoas se mostraram menos otimistas e
menos confiantes em todas essas instituições e nos efeitos das mudanças
tecnológicas. A confiança, de acordo com o levantamento, vem sendo minada por
uma crescente sensação de desigualdade e de injustiça. O estudo será
apresentado a empresários em evento paralelo à reunião do Fórum Econômico
Mundial em Davos, nos Alpes Suíços.
O medo de ficar para trás foi manifestado pela maioria das
pessoas, 57%, em 21 dos 28 países. Curiosamente, esse temor foi manifestado
também por 62% dos brasileiros, embora a maior parte deles, segundo outro item
da pesquisa, tenha mostrado otimismo quanto às suas possibilidades de melhora
econômica nos próximos cinco anos. O maior pessimismo apareceu na Índia (73%),
mas os números também foram grandes em economias como Itália (67%), Alemanha
(66%) e EUA (57%).

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