Nesta terça-feira, 10 dezembro/2019,
os cofres municipais receberão o primeiro repasse do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), que deve somar pouco mais de R$ 3,5 bilhões. A estimativa é
da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e saiu mais cedo este mês por
conta da divulgação dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O
repasse será 3,62% maior em relação à transferência feita no mesmo período de
2018.
“Geralmente, o primeiro
decênio representa quase a metade dos recursos do mês”, lembra o presidente da
CNM, Glademir Aroldi. O valor considera a vinculação constitucional da
educação. Sem a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a CNM prevê o
primeiro FPM em R$ 4,4 bilhões. Em 2018, as 5.568 prefeituras dividiram entre
si R$ 4,2 bilhões.
Os dados da entidade mostram
que os dois valores não consideram o impacto inflacionário, pois, quando a
inflação do período entra na conta, o aumento fica inexpressivo - apenas 0,49%.
Mesmo com o avanço aquém do esperado, ao longo do ano, o Fundo registrou
crescimento de 8,70%, em termos nominais. Novamente, o crescimento da verba
devolvida aos Municípios, quando se aplica a inflação, reduz para 4,86%.
Desde a primeira transferência
de janeiro, o fundo municipal soma R$ 104,6 bilhões. A essa época, no ano
passado, os governos locais tinham partilhado R$ 96,3 bilhões. O acumulado do
FPM também superou a previsão inicial da STN, divulgada em janeiro, de R$ 87,5
bilhões para os 12 meses de 2019.
Do total repassado, 2.459
Municípios ficaram com R$ 882.455.601,74, o que representa 44,16%. Eles são de
coeficiente 0,6, e têm população de até 10.188 mil habitantes. Mas, dentre
eles, a partilha também considera aspectos estaduais. Em contrapartida, 166
Municípios com mais de 156 mil habitantes, de coeficientes 4,0, recebem 12,87%
do transferido.
Além da retenção de 20% para o
Fundeb, a CNM alerta: da cota-parte bruta de cada Município, se desconta ainda
1% do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e em
muitos casos os 15% constitucionais, destinados à saúde, também ocorre direto
na fonte, ou seja, quando a verba entra na conta da prefeitura.
“A elevada demanda, repassada
aos gestores municipais desde a Constituição Federal de 1988, exige um
crescimento ainda mais expressivo para manutenção dos serviços prestados e para
a melhoria da infraestrutura local”, explica o presidente da CNM. O líder
municipalista pontua ainda que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
391/2017, que prevê o acréscimo de 1% no FPM a ser repassado no primeiro
decêndio de setembro, aguarda aprovação do Plenário da Câmara, para ser
promulgada. Acesse aqui a íntegra da Nota do FPM.
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