O Congresso dos Estados Unidos
abriu uma investigação sobre problemas de concorrência no mercado digital. O
objetivo é avaliar o papel de grandes empresas do setor e se elas possuem alto
poder de mercado ou se promovem práticas anticompetitivas. Gigantes como
Amazon, Apple, Google, Facebook e Microsoft ocupam o topo da lista das
companhias com maior valor de mercado do mundo, como o ranking da revista
Forbes. Elas possuem grande participação de mercado em seus segmentos. Exemplos
são o Facebook, que controle as três principais redes sociais do mundo (a de
mesmo nome, o Whatsapp e o Instagram), e o Google, proprietário do principal mecanismo
de busca do planeta (de mesmo nome), do maior sistema operacional, Android, e
da maior plataforma de vídeo online, o YouTube. A apuração será realizada por
uma comissão bipartidária do Comitê Judiciário (Judiciary Comitee) da Câmara de
Representantes (House of Representatives), o equivalente à Câmara dos Deputados
no Brasil. O grupo irá realizar uma série de audiências públicas para ouvir
executivos das companhias de tecnologia, pesquisadores e representantes de
consumidores. A investigação irá focar em três áreas. Vai documentar problemas
de concorrência em mercados digitais, examinar se os conglomerados dominantes
estão atuando para dificultar a competição nesses setores e se as leis
antitruste e políticas concorrenciais atuais são suficientes para lidar com
este fenômeno. “A Internet aberta trouxe diversos benefícios para os
estadunidenses, incluindo um surto de oportunidades econômicas, investimento
massivo e novos caminhos para a educação online. Mas há evidências crescentes
de que empresas assumiram controle sobre áreas como comércio eletrônico,
conteúdos e comunicações”, afirmou o diretor da comissão, o deputado democrata
do estado de Nova York, Jerrold Nadler, em comunicado no site oficial do
comitê. A investigação pode ter impactos no Brasil. Isso porque essas empresas
têm forte atuação no País. Um exemplo é o Facebook, com mais de 130 milhões de
usuários no Brasil. O Youtube é utilizado por cerca de 100 milhões de
brasileiros. Eventuais medidas antitruste podem ter efeito, portanto, nos serviços
oferecidos também aos usuários daqui.
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