A estimativa de instituições
financeiras para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação
oficial do país, este ano permanece em 3,85%. A informação consta do boletim
Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC), com projeções de
instituições para os principais indicadores econômicos. Para 2020, a previsão
para a inflação permanece em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração
na estimativa: 3,75%. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e
5,75%. Para controlar a inflação e alcançar a meta, o BC usa como principal
instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic
deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Para
o final de 2020, a estimativa para a taxa é 8% ao ano, assim como a previsão
para 2021 e 2022. A Selic, que serve de referência para os demais juros da
economia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e
de Custódia (Selic). A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro
neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros
básicos suficientes para chegar à meta de inflação. Ao reduzir os juros
básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e
o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de
que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de
inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda
aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem
o crédito e estimulam a poupança.
Atividade econômica.
A estimativa para a expansão do
Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no
país – caiu de 2,48% para 2,30% este ano. Para 2020, a estimativa de
crescimento do PIB subiu de 2,65% para 2,70%. Em 2021 e 2022, a expectativa segue
em 2,50% de crescimento do PIB. Ontem (6), a Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OCDE) também reduziu a estimativa de crescimento da
economia brasileira para 2019, de 2,1% para 1,9%. Ainda assim, a entidade
aponta que uma recuperação moderada da economia está em curso no país. A
previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no
final deste ano e em R$ 3,75, no fim de 2020.
Por Agência Brasil
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