Pouco mais de uma semana depois
de entregar a reforma da Previdência ao Congresso Nacional, o presidente Jair
Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 28, que aceita negociar alguns pontos da
proposta e está disposto a baixar a idade mínima para aposentadoria de mulheres
de 62 anos para 60 anos. A informação é do UOL, que esteve presente em um
encontro do presidente com alguns jornalistas. A assessoria de imprensa do
Palácio do Planalto confirmou as informações. Segundo a reportagem, Bolsonaro
também disse que pode fazer concessões no Benefício de Prestação Continuada
(BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. A proposta
entregue pelo governo estipula um benefício de R$ 400 a idosos de baixa renda
aos 60 anos. Esse valor subiria para um salário mínimo aos 70 anos. Esse ponto
da proposta foi um dos mais criticados por parlamentares. O presidente também
sinalizou que a regra de pensão por morte é uma das “gorduras” que podem ser
cortadas no Congresso. Hoje, a pensão por morte é de 100% para segurados do
INSS, respeitando o teto atual de R$ 5.839,45. Pela proposta, o benefício será
de 60% do valor mais 10% por dependente adicional. Segundo o UOL, Bolsonaro
disse que esse valor pode subir para 70%. As modificações que serão feitas pelo
Congresso não podem “desfigurar” a proposta, afirmou o presidente. Ele disse
que a não aprovação do texto fará com que o País passe por muitas consequências
negativas, como alta do dólar, queda das ações das empresas listadas na Bolsa,
suspensão de pagamento a servidores e enfraquecimento do governo. O presidente
também disse que “os filhos não mandam no governo” ao comentar sobre o
comportamento do vereador Carlos Bolsonaro, pivô de uma crise que culminou com
a queda do ministro Gustavo Bebianno do governo. Venezuela. Bolsonaro também
afirmou que pode conversar com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, caso
seja necessário para o bem dos dois países. As informações são da Agência
Estado.
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