O governo Jair Bolsonaro (PSL) incluiu entre as atribuições da
Secretaria de Governo, comandada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz, o
monitoramento e a coordenação de ONGs e de organismos internacionais. Na medida
provisória (MP) 870, que reorganizou as atribuições no Poder Executivo, lê-se
que compete à Secretaria de Governo "supervisionar, coordenar, monitorar e
acompanhar as atividades e as ações dos organismos internacionais e das
organizações não governamentais no território nacional”. Em postagem no Twitter
nesta quarta-feira (2), Bolsonaro acusou ONGs de explorar e manipular indígenas
e quilombolas. "Mais de 15% do território nacional é demarcado como terra
indígena e quilombolas. Menos de um milhão de pessoas vivem nestes lugares
isolados do Brasil de verdade, exploradas e manipuladas por ONGs. Vamos juntos
integrar estes cidadãos e valorizar a todos os brasileiros”, escreveu. Os dirigentes da ong Human Rights Watch já
espernearam. Também os índios manipulados política e ideologicamente pelo
petismo e seus agregados e pela pastoral comunista da Igreja Católica. Para
Dinamam Tuxá, coordenador-executivo da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do
Brasil), além de esvaziar a Funai (Fundação Nacional do Índio), transferindo a
atribuição de demarcação para o Ministério da Agricultura, Bolsonaro “está
partindo pra cima dos apoiadores que atuam em defesa dos povos indígenas”. “As
ONGs trabalham na defesa territorial e nas demarcações e ajudam a denunciar
violência contra os indígenas”, afirma Tuxá, que atribui a medida à aliança de
Bolsonaro com as bancadas ruralista e evangélica. "O temor é de que o
governo terá aval para nos dizimar. Vivemos um cenário de 1500, querem nos
colonizar. Mas não vamos nos calar, vou dar o meu sangue em favor dos povos
indígenas”, diz o líder da maior organização indígena do país. Membros do Greenpeace
também reagiram com ironia à medida do governo Bolsonaro. Para a diretora
executiva da ONG Conectas Direitos Humanos, Juana Kweitel, o controle da
sociedade civil não é atribuição da Presidência da República. "Esta medida
é abertamente ilegal, pois a Constituição veda expressamente qualquer tentativa
de interferência estatal no funcionamento das organizações. Essa norma
precisará ser revertida seja por meio de uma nova MP ou do Judiciário. A
democracia precisa de uma sociedade civil livre e atuante”, diz Kweitel, cuja
organização tem status consultivo na ONU. Ela está redondamente enganada,
porque essa gente atua com dinheiro público, por meio de convênios, e porque os
índios, constitucionalmente, são tutelados pelo Estado, e tudo que ocorre com
eles é responsabilidade do Estado nacional. O principal é que ela está sentindo
que começa a perder o acesso ao dinheiro irrestrito dos cofres públicos.
A infeliz dança do MC Livinho…
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O MC Livinho, que peço perdão por jamais ter ouvido falar, causou uma
polêmica enorme, neste sábado (21), ao tomar uma decisão bastante infeliz.
A repórter...
Há 12 horas
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