Pronta há quase três anos e
mantida fechada por causa da queda de demanda durante a recessão, a fábrica da
Honda em Itirapina (SP), projeto de R$ 1 bilhão, finalmente será inaugurada no
primeiro trimestre de 2019. A expectativa de geração de empregos na cidade de
17 mil habitantes, que mobilizou boa parte dos moradores no período das obras,
está voltando. No entanto, a Honda vai começar inicialmente empregando apenas
200 funcionários, todos eles transferidos de sua fábrica de Sumaré (SP). O
número relativamente baixo de uso de mão de obra reflete tanto a cautela da
montadora japonesa no País quanto uma mudança estrutural do emprego no setor
automotivo, segundo especialistas.
“Antes, quando a produção de veículos aumentava, o emprego bombava”, diz
o presidente da consultoria Bright, Paulo Cardamone. “Isso não vai ocorrer mais
pois a indústria está cada vez mais competitiva e eficiente com a digitalização
da produção, a chamada indústria 4.0, que vem aumentando". Ou seja: a
tendência de geração de empregos em montadoras tende a ser menor. Hoje, as
montadoras empregam atualmente 111,7 mil funcionários que devem produzir
aproximadamente 3 milhões de veículos este ano, sem contar as máquinas
agrícolas. Como base de comparação, em 1980, para uma produção de 1,1 milhão de
unidades, as montadoras empregavam 133 mil pessoas. Nos três piores anos da
crise, de 2014 a 2016, o setor fechou 30,9 mil vagas. Nos dois anos de
recuperação foram gerados, até novembro, 7,3 mil postos. Mesmo assim, em
Itirapina, muita gente está se preparando para uma vaga na Honda. Manter a
fábrica fechada por tanto tempo foi muito caro, segundo o presidente da Honda,
Issao Mizoguchi. O arranjo possível foi transferir toda a linha de carros para
Itirapina e manter em Sumaré a produção de componentes, como motores e
estamparia. Quando confirmou a segunda fábrica, em agosto de 2013, o grupo
japonês tinha a intenção de dobrar sua produção no País – mas isso deve demorar
para acontecer. As duas unidades têm capacidade para 120 mil carros ao ano.
Inicialmente será transferida apenas a linha do Fit, que será produzido
isoladamente pelo menos por dois anos, em um turno, informa Mizoguchi. Para
essa atividade serão necessários cerca de 500 funcionários. Os demais modelos
da marca, Civic, City, HR-V e WR-V só deverão chegar à fábrica em 2021.
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