Traumas como o do presidenciável
Jair Bolsonaro, que atingiu grandes vasos sanguíneos e órgãos no abdome, são
marcados por um período crítico de recuperação nas primeiras 48 horas. Os
maiores riscos nessa fase, explica Ludhmila Hajjar, especialista em medicina
terapia intensiva e em medicina de emergência e professora da USP, são de
hemorragia, inflamação, coágulos, insuficiência renal e infecções. Alguns
fatores da cirurgia de Bolsonaro contribuem para que o risco seja amplificado:
trata-se de uma grande cirurgia, de emergência, com necessidade de transfusão
de sangue e com lesão vascular. Na primeira semana ainda existe risco de morte.
O candidato deve permanecer na UTI por cerca de uma semana. Se tudo correr bem,
em três ou quatro semanas ele poderá, em tese, voltar às atividades cotidianas.
O boletim médico divulgado descartou a possibilidade de lesão no fígado. A
artéria mesentérica superior, que leva sangue para parte do intestino, foi
lesada e reparada, assim como as lesões no intestino grosso e no intestino
delgado. Segundo o hospital, há a chance de Jair Bolsonaro ficar com uma
ileostomia, ou seja, uma comunicação do intestino e o exterior através da barriga,
mas a decisão ficou para o futuro.
Folhapress
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