O Painel instalado no centro da capital paulista para mostrar o tamanho
da carga tributária do país a cada segundo atingiu na última quinta-feira, 9, a
marca recorde de R$ 1,4 trilhão.
Painel em formato de relógio digital instalado pela Associação
Comercial de São Paulo (ACSP) no centro da capital paulista para mostrar o
tamanho da carga tributária do país a cada segundo, o impostômetro atingiu na
última quinta-feira, 9, a marca recorde de R$ 1,4 trilhão, considerando os
impostos, taxas e contribuições pagos pelos contribuintes aos três níveis de
governo – municipal, estadual e federal – desde o primeiro dia do ano. Quando,
em maio, a engenhoca alcançou R$ 900 bilhões, a ACSP destacou que o valor
equivalia ou era superior ao PIB de países como Finlândia, Chile, Hungria,
Portugal, Qatar, Angola, Bolívia, República Checa, Equador e Grécia. O
reloginho não para de rodar um único instante – nem de madrugada. A cada 20
segundos, o imposto avança na ordem de R$ 1 milhão. Ou seja, são R$ 3 milhões
de impostos por minuto e R$ 4,320 bilhões por dia. Quando instalou o painel, na
Rua Boa Vista, no Centro, em 2005, era intenção da ACSP demonstrar quanto o
país recolhia em tributos para que o contribuinte pudesse cobrar do governo a
melhor utilização do dinheiro. Mas o impostômetro hoje tem a função única de
multiplicar a indignação e revirar o estômago do brasileiro. Brasileiro
trabalha 153 dias do ano para pagar imposto - O maior vilão desta história é o
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com 20,09% do total
e que “incide em praticamente tudo que as pessoas consomem”, como revela Marcel
Solimeo, economista da instituição. Para os que se deixam levar pela balela de
que a Reforma da Previdência é necessária por falta de recursos, saibam que a
contribuição para o INSS está em segundo lugar e corresponde a 17,26%, – ou
seja, já estaria beirando os R$ 300 bilhões até meados de agosto -, enquanto
que o Imposto de Renda aparece em terceiro lugar com 16,82% dos tributos. Mas o
impostômetro não é um mero reloginho para estragar o humor daquele que trabalha
153 dias do ano somente para pagar impostos. O site da ACSP aponta o Índice de
Retorno e Bem Estar Social nos países em que os impostos são cobrados de forma
responsável e são administrados para trazer mais bem estar à sociedade. Nesse critério,
o Top 7 é formado por Austrália, Coreia do Sul, Estados Unidos, Suíça, Irlanda,
Japão e Canadá. O Brasil aparece em 30º lugar, a uma distância considerável que
permite dizer que aqui se paga imposto demais e se obtém retorno de menos. O
que se poderia comprar com esse imposto que os governos recolhem. Na intenção
de criar um certo mal estar nas autoridades – mas elas sequer ruborizam -, o
Impostômetro aponta que os tributos recolhidos até quinta-feira dariam para
comprar 3 bilhões de cestas básicas. Para transportar esse dinheiro em notas de
R$ 100 seriam necessários 468 containers de 20 pés. Aplicada na poupança, a
bufunfa renderia de juros R$ 8.246.584.070 por mês, ou R$ 274,5 milhões por dia
ou ainda R$ 11,4 milhões por hora. Diante de governos – nos três níveis – que
não medem esforços para gastar com mordomias e privilégios, seria até arriscado
revelar que o imposto recolhido em 2018 daria para comprar também uma frota de
1400 veículos Porsche Panamera ou 3.900 BMW. Top de linha total! Quem preferisse
investir em imóveis, compraria 859.641 apartamentos de três quartos, com duas
vagas na garagem, no bairro carioca de Botafogo, por exemplo. Que os
governantes não leiam até este último parágrafo.

Sem comentários:
Enviar um comentário
obrigado pela sua participação grato
por sua visita!...e fique a vontade para opinar.