Foi novamente uma semana difícil
para o mercado, em função da volatilidade gerada por eventos internacionais e o
cenário eleitoral doméstico, ainda muito confuso. Nesta sexta-feira (17), não
foi diferente: o dólar fechou em alta de 0,25%, a R$ 3,916; e o Ibovespa, índice
que reúne as principais ações negociadas na B3, perdeu 1,03%, fechando em
76.028,51 pontos. Na semana, a moeda americana acumulou 1,31% de alta, e a
bolsa, 0,63% de baixa. O pregão de sexta-feira já começou nervoso, ainda por
conta da Turquia, destaque no noticiário dos últimos dias por conta da guerra
comercial e troca de sanções entre o país e os Estados Unidos. Pela manhã, a
lira turca perdia 4% e já indicava uma abertura do mercado sob pressão. Em
abril houve um ataque especulativo na Turquia e na Argentina, que já havia
feito as moedas dos dois países derreterem - como consequência, eles subiram os
juros, Esse tipo de movimentação dos investidores acaba gerando preocupações
com as economias de outros países emergentes, como o Brasil. Mas o nervosismo aqui foi reforçado quando
saiu uma nova pesquisa eleitoral da XP Investimentos. Ela mostrou crescimento
das intenções de voto em Fernando Haddad (PT) e ainda a estagnação da
candidatura de Geraldo Alckmin (PT). Para o economista-chefe do banco Haitong,
Flavio Serrano, não houve nesta semana nenhum dado que justificasse o estresse
nos mercados. "A agenda trouxe indicadores que vieram dentro do esperado
em termos de inflação e atividade econômica", afirmou Serrano,
referindo-se ao Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) e ao
IPCA 15. O mercado, então, oscilou em função das tensões dos Estados Unidos com
a China e a Turquia e especulou, muito, com o quadro eleitoral. O estresse na
primeira parte do pregão foi mais forte: o dólar chegou a R$ 3,9514 e o
Ibovespa teve a mínima a -1,54%. Mais para o fim das sessões, ambos
recuperaram-se um pouco. "Vai ser
assim até a conclusão das eleições. As notícias relacionadas aos candidatos têm
pesado muito para os negócios", afirmou. Na avaliação dele, no entanto,
ainda está muito cedo para definir um panorama eleitoral. "Qualquer
movimentação do mercado em função disso só vai ter algum sentido a partir de
setembro, com o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV", diz. Os
investidores esperam essas pesquisas especialmente para acompanhar o desempenho
de Alckmin, o candidato "preferido" do mercado. Segundo um operador
mais pessimista, se o candidato tucano não andar, "coisa vai ficar
feia". A pesquisa da XP mostrou que no cenário em que o nome de Lula não é
considerado, Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa, com 23% dos votos. Marina
(Rede) é a segunda, com 11%. Geraldo Alckmin (PSDB) tem 13; Ciro Gomes (PTB) 8%
e Haddad, 7%. O nome de Haddad apresentou alta de 4 pontos percentuais. O
percentual de votos no ex-prefeito de São Paulo cresce de 13% para 15% num
cenário em que ele é identificado como um candidato apoiado por Lula. O PT
registrou Lula como candidato, apesar de ele estar preso em Curitiba. Haddad
foi apontado como vice, mas deve ser o candidato petista, se Lula for impedido
de concorrer. A sondagem desta sexta-feira foi a primeira divulgada pela XP
após a definição dos candidatos. A pesquisa foi feira entre os dias 13 e 15 de
agosto, com mil entrevistados por telefone. A margem de erro é de 3,2 pontos
percentuais e o intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi conduzida pelo
Instituto de pesquisas sociais, políticas e econômicas (Ipespe) e registrada no
TSE com o número 02075/2018.
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