Em junho, a China adotou novas tarifas sobre a carne de frango
brasileira.
O presidente Michel Temer usou a 10ª Cúpula dos Brics, que acontece em
Joanesburgo até a próxima sexta-feira, 27, para tentar estreitar as relações
comerciais com a China. Temer solicitou ao presidente chinês, Xi Jinping, que
as sobretaxas ao frango e o açúcar sejam revistas. “Voltamos a tratar do
aumento da cota de açúcar, do frango especialmente, pedimos a ele [Jinping] que
deixe um pouco de lado, digamos, a sobretaxa que houve em relação ao frango e
ao açúcar. Que nós pudéssemos aumentar as nossas exportações”, revelou Temer,
segundo informou o portal G1. Além da retomada no volume das exportações do
frango e do açúcar, Temer quer estreitar mais as relações. O chefe de Estado
brasileiro informou que sugeriu a Jinping que a China passe a importar os produtos
processados brasileiros derivados da soja. De acordo com Temer, Xi Jinping
“recebeu muito bem” a proposta.
Comércio internacional
Já através das redes sociais, o presidente Michel Temer exaltou o papel
“de destaque” do Brics nas relações econômicas do Brasil. Ademais, Temer
revelou que, na reunião plenária, envolvendo todos os líderes, foi debatida a
importância de um sistema multilateral de comércio com regras. De acordo com o
site do governo da Rússia, além das discussões diplomáticas habituais – que
englobam várias esferas e assuntos, como política, segurança e comércio -, a
cúpula deste ano também vai debater a situação na Síria e no Oriente Médio,
“bem como a solução de problemas relacionados à Península Coreana e ao programa
nuclear do Irã”. “Acho que realmente temos o direito de dizer que as ideias de
Nelson Mandela estão refletidas nas atividades do Brics. São esses princípios
que permeiam a cooperação entre os Estados do Brics e adquiriram a natureza de
uma parceria verdadeiramente estratégica”, exaltou o presidente da Rússia,
Vladimir Putin. Segundo uma nota do Ministério de Relações Exteriores do
Brasil, ainda serão assinados, durante a cúpula, o Acordo de Sede do Escritório
Regional para as Américas do Novo Banco de Desenvolvimento – o banco do Brics
-, que será sediado em São Paulo; e o Memorando de Entendimento em Aviação
Regional do Brics, que promoverá a troca de informações. “Serão aprovados o
estabelecimento de um Grupo de Trabalho do Brics sobre Operações de Manutenção
da Paz e um centro de pesquisa em vacinas dos países do Brics. Por fim, será
criada uma rede de parques tecnológicos, para promover a inserção competitiva
do Brics na Quarta Revolução Industrial”, destaca a nota. O Brics reúne os
líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e responde por 23% do
Produto Interno Bruto (PIB) mundial e 18,2% do comércio global. Em 2017, o
bloco movimentou US$ 288 bilhões. Enquanto ocorrem algumas reuniões gerais, os
representantes de cada país aproveitam a oportunidade para tentar estreitar
relações e fechar acordo com outras nações individualmente. Participam da
cúpula os presidentes Michel Temer, do Brasil, Cyril Ramaphosa, da África do
Sul, Xi Jinping, da China, Vladimir Putin, da Rússia, e o primeiro-ministro da
Índia, Narendra Modi.
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