O SIGNIFICADO DA VIDA

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Venezuelanos seguem migrando em busca de melhores condições.



O aumento do fluxo migratório de venezuelanos causa preocupação nos países latino-americanos. Cerca de 550 mil venezuelanos migraram para as cidades na fronteira com a Venezuela no fim de 2017.

Todas as manhãs uma multidão de venezuelanos cruza a ponte Simón Bolívar em direção à Colômbia para comprar alimentos e remédios em meio à escassez de produtos básicos em seu país. Mas muitos atravessam a fronteira para fugir da profunda crise política, econômica e social na Venezuela. Segundo registros dos funcionários do serviço de imigração colombiano, 550 mil venezuelanos migraram para as cidades na fronteira com a Venezuela no final de 2017. Em 8 de fevereiro, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em visita à cidade fronteiriça de Cúcuta, anunciou que a Colômbia interromperia a emissão de cartões de entrada com vigência de um dia para venezuelanos e que 3 mil guardas vigiariam a fronteira de 2.200 km entre os dois países. “Essa é uma situação inédita na história da Colômbia”, disse. Santos não é o único presidente latino-americano preocupado com a entrada de migrantes venezuelanos em seu país. Em 12 de fevereiro, o presidente do Brasil, Michel Temer, visitou Boa Vista, a capital do estado de Roraima com 330 mil habitantes, onde vivem 40 mil venezuelanos em condições precárias. O governo pretende duplicar o número de guardas na fronteira com a Venezuela para “disciplinar e coordenar” o fluxo migratório, disse Temer. O governo também planeja transferi-los para outros estados brasileiros. Mais de 200 mil venezuelanos migraram para o Equador de janeiro de 2016 a setembro de 2017, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Em seguida, três quartos desses migrantes foram para o Peru e o Chile. Calcula-se que 27 mil venezuelanos refugiaram-se na Argentina em 2017 e 40 mil em Trinidad e Tobago. Dos 34 milhões de habitantes da Venezuela cerca de 2,7 milhões estão vivendo no exterior. A Colômbia está tentando controlar a entrada de pessoas que fogem de um país mergulhado em uma crise dramática, com a previsão de inflação de 13.000% este ano. Em um apelo ao sentimento humanitário da população da Colômbia, o presidente Santos mencionou a acolhida do governo venezuelano a 1 milhão de cidadãos colombianos durante os mais de 50 anos da guerrilha com as Farc. De acordo com a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, a Turquia, que abriga um grande número de refugiados sírios, e a ONU têm colaborado com o governo colombiano na solução dos problemas causados pelo fluxo intenso de migrantes da Venezuela. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou eleições presidenciais para 22 de abril. Sem um concorrente que possa derrotá-lo ele será reeleito. E enquanto estiver no poder o êxodo dos venezuelanos representará um desafio crescente para os governos dos países da América Latina.



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