“Constituição não pode ser
alterada durante a vigência de uma intervenção federal” O governo federal
decidiu nesta segunda-feira, 19, suspender a votação da reforma da Previdência.
O governo federal decidiu nesta
segunda-feira, 19, suspender a votação da reforma da Previdência. Após uma
reunião dos conselhos da República e da Defesa Nacional, o presidente Michel
Temer concluiu que não há como contornar o impedimento legal de que PECs sejam
votadas enquanto a intervenção federal na segurança pública do Rio estiver em
vigor. Durante a vigência de uma intervenção federal, a Constituição Federal
não pode ser alterada, o que inviabiliza a votação da reforma da Previdência. O
governo apresentou ainda na noite desta segunda um pacote de medidas
alternativas à reforma da Previdência, incluindo 15 propostas, como a reforma
do PIS/Cofins, a autonomia do Banco Central, a privatização da Eletrobras, a
extinção do Fundo Soberano, entre outras. Ao assinar o decreto de intervenção
na semana passada, o presidente Michel Temer afirmou que a medida seria
suspensa quando o governo tivesse os votos suficientes para aprovar a reforma
Previdência. Nesta segunda, no entanto, chegou-se à conclusão de que a
revogação do decreto poderia desmoralizar a intervenção. O ministro da
Secretaria de Governo, Carlos Marun, ressaltou que “o governo não precisa se
desculpar por não aprovar a reforma da Previdência […] O governo fez e está
fazendo a sua parte […] O Brasil é testemunha de que nós tínhamos e temos
consciência de que a reforma é necessária, todavia a questão da segurança
assumiu um caráter tão explosivo que tornou necessária a tomada de medidas
excepcionais e essas o governo tomou e o efeito colateral nesse momento é a
suspensão da tramitação da reforma da Previdência”. De acordo com o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, “a pauta da Previdência continua prioritária e
fundamental e será submetida evidentemente ao Congresso Nacional tão logo haja
possibilidade constitucional”.

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