Brasil quer atrair investimentos
estrangeiros no evento sob o argumento da retomada na economia.
Entre os dias 23 e 26 deste mês,
o mundo estará voltado para a cidade suíça de Davos, onde vai ocorrer o Fórum
Econômico Mundial, que deve reunir cerca de 60 chefes de Estado e governo, além
de centenas de executivos de destaque. O Brasil quer atrair investimentos
estrangeiros no evento sob o argumento da retomada na economia. O presidente
Michel Temer vai apresentar sua agenda para 2018 em defesa das reformas no dia
24 de janeiro. Na ocasião, Temer vai poder falar com empresários internacionais
e vai poder responder perguntas. Na mesma data, o ex-presidente Lula estará
sendo julgado em Porto Alegre (RS). Por isso, o debate vai ocorrer pela manhã.
Esta é a primeira vez em quatro anos que um chefe de Estado brasileiro falará
em Davos para a elite econômica mundial. O debate “moldando a nova narrativa do
Brasil” no Fórum Mundial também vai contar com a presença do prefeito de São
Paulo, João Doria (PSDB), o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, o CEO
do Itaú, Candido Botelho Bracher e o CEO da Nestlé, Paul Bulcke. “Brasil é um
dos seis países latino-americanos realizando eleições presidenciais em 2018”,
indica Davos, em seu programa. Em março, o evento regional do Fórum será
sediado em São Paulo, com o título: “A América Latina em um momento de virada”.
Outras figuras públicas da América Latina também vão estar presentes no debate.
Entre eles, estão o presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, o
secretário-geral da OEA, Luis Almagro, o ministro do Comércio do Equador, Pablo
Campana e uma representante da entidade Transparênca Internacional, Delia
Rubio. A agenda inclui as consequências das investigações anticorrupção, o
impacto das seis eleições programadas para América Latina em 2018 e a
integração regional. No mesmo dia, Doria também vai participar de um segundo
debate sobre o impacto da internet. Ele fala ao lado do ministro de Comunicação
saudita, Abdullah Alswaha, e da CEO da BSA, Victoria Espinel. A comitiva
brasileira é uma das maiores em anos. Também estarão presentes o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, o ex-ministro da Indústria e Comércio, Marcos
Pereira, que pediu demissão em 3 de janeiro, Fernando Coelho (Minas e Energia)
e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). O tema deste ano do Fórum
Mundial é “Criando um futuro compartilhado em um mundo fraturado”. Por isso, a
ida do presidente americano Donald Trump ao Fórum está causando tanta polêmica.
Ele está agendado para falar no dia 25 de janeiro. Trump vai com sete ministros
e uma delegação de dezenas de pessoas. Entidades suíças e políticos estão se
organizando para pedir que o país não receba o presidente americano. Os
organizadores do evento, por sua vez, dizem que como regra devem convidar todos
os chefes de governo dos países do G-20, independente de quem esteja no poder.
Trump será o primeiro chefe da Casa Branca desde 2000 a visitar Davos. Davos
também deve contar com a presença de Emmanuel Macron, da França, e Narendra
Modi, da Índia. A chanceler alemã, Angela Merkel, cogita ir ao Fórum. Segundo
fontes da agência de notícias Reuters, Merkel pretende aguardar que o congresso
do Partido Social-Democrata (SPD), marcado para o próximo fim de semana, aprove
o início das negociações oficiais para formação de uma coalizão de governo com
a União Democrata Cristã (CDU). Devido às difíceis conversas para formação do
governo em Berlim, era esperado que a chanceler alemã evitasse ir a Davos, pela
terceira vez seguida.
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