Maluf foi condenado a cumprir
quase oito anos de prisão por lavagem de dinheiro. Ainda não se sabe onde o
deputado vai cumprir pena.
O deputado federal Paulo Maluf
(PP-SP) se entregou à Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira, 20. O
parlamentar foi condenado em maio deste ano por lavagem de dinheiro, pelo
ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, na
última terça-feira, 19, que a execução da pena de sete anos, nove meses e dez
dias de prisão começasse imediatamente. Maluf chegou acompanhado de seu
advogado Ricardo Tosto à superintendência da PF, e terá de iniciar o
cumprimento da pena em regime fechado, além de perder o mandato de deputado
federal. A defesa do parlamentar chegou a recorrer da decisão de Fachin, mas o
ministro recusou o recurso. “Ele vai se entregar. Vim aqui para isso. Ele está
arrasado. Ele não esperava (a prisão). Nenhum de nós esperava”, revelou o
advogado de Paulo Maluf. De acordo com a decisão do STF, o parlamentar, na
época em que era prefeito da cidade de São Paulo, entre 1993 e 1996, desviou
recursos da construção da Avenida Água Espraiada, hoje Avenida Jornalista
Roberto Marinho, causando prejuízo aos cofres públicos de cerca de US$ 1
bilhão. Apesar de começar a cumprir pena em regime fechado, a defesa de Maluf
informou que solicitará a prisão domiciliar do parlamentar devido a sua idade
avançada, 86 anos, além da saúde fragilizada, já que um tumor maligno na
próstata, descoberto em 1997, voltou a se manifestar, segundo seu advogado. Ainda
não se sabe se o deputado Paulo Maluf vai cumprir pena na cidade de São Paulo
ou se será transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde se
encontram outros políticos cumprindo pena por corrupção. No entanto, antes
disso, o parlamentar ainda acompanhará os agentes da PF para o exame de corpo
de delito antes de ser encaminhado para o sistema prisional. Em frente à casa
de Paulo Maluf, nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, jornalistas já se reuniam
desde a madrugada, esperando pela saída do parlamentar. Com isso, motoristas
que passavam no local e viam a movimentação da imprensa pediam por “Maluf na
cadeia” ou questionavam: “Será que agora vai?”.
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