Para a presidente do BNDES, Maria
Silvia Bastos Marques, as boas notícias na economia começaram enfim a aparecer.
Segundo ela, diferentemente do ano passado, quando a expectativa de recuperação
econômica não se concretizou, agora há sinais concretos de retomada.
"Temos números, fatos, indicando que setores da indústria começam a
apresentar recuperação.
No BNDES, as aprovações nesse
primeiro trimestre estão muito positivas", disse a executiva após
participar de evento promovido em São Paulo pelo Lide. "Isso se soma à
melhora dos índices de confiança". Maria Silvia citou o crescimento de 32%
nas aprovações do Finame no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo
período de 2016. Trata-se de linha do BNDES que financia aquisição de máquinas
e equipamentos.
Excluindo-se o setor agrícola e
de ônibus e caminhões, a alta foi de 128%, afirmou Maria Silvia. Como sinais de
retomada, ela elencou ainda a revisão pela agência Moody's da perspectiva de
classificação de risco do Brasil, que passou de negativa para estável, a alta
na produção de veículos neste ano, e a elevação da expectativa do mercado para
o crescimento do PIB neste ano. "É uma coisa mais espalhada, que vem na
esteira da redução da taxa de inflação", afirmou, lembrando que a taxa de
inflação em 2017 deve ficar abaixo do centro da meta definida pelo governo, de
4,5%.
"Isso tudo faz com que a
economia possa se planejar e se reaquecer", completou. De acordo com Maria
Silvia, da mesma forma que as famílias, as empresas brasileiras buscaram nos
últimos meses a redução de seu endividamento. Esse fator deve dar combustível à
retomada econômica, avaliou. Segundo ela, a dívida elevada de pessoas físicas e
jurídicas fez com que a recuperação fosse "mais lenta e mais
dolorosa" do que em outras crises enfrentadas pelo país.
Nomeada para o comando do BNDES
logo após Michel Temer assumir o poder, a executiva reafirmou o valor das
reformas promovidas pela equipe econômica do peemedebista. Segundo ela, o teto
dos gastos, já aprovado pelo Congresso, fará com que o Brasil passe a ter de
debater o Orçamento, o que antes não ocorria em bases realistas. "O Brasil
viveu durante muitos anos como se pudesse fazer tudo ao mesmo tempo. A
sociedade terá de verdade que elencar suas prioridades", disse.
Sem comentários:
Enviar um comentário
obrigado pela sua participação grato
por sua visita!...e fique a vontade para opinar.