O SIGNIFICADO DA VIDA

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O erro de Joaquim Levy pode levar Dilma ao impeachment.

Joaquim Levy e a Presidente Dilma

Os números falam por si só. O governo está errando na avaliação fiscal ao por o foco no resultado primário. Vejam bem: as contas do governo central compostas pelo Tesouro, Previdência e Banco Central apresentaram um déficit real (tirando a inflação) de R$ 248 bilhões nos primeiros sete meses deste ano. 

Agora vejam o incrível. Deste valor R$ 7,6 bilhões foram causados por despesas do governo, e R$ 240 bilhões de juros!, ou seja, do rombo fiscal, apenas 3,1% se deveram ao resultado das despesas primárias. 

Os juros foram responsáveis por 96,9% do rombo fiscal apresentado nos sete primeiros meses do ano. Esses números mostram como está equivocada a política de aumentar a SELIC (taxa de juros) para conter a inflação. 

Não deu certo no passado e não dará de novo. Prejudica todos os setores da economia, a população, e só traz um grande ganhador, que são os bancos. 

Principais causadores de déficit no governo federal foram os juros. Será que não há nenhum economista ajuizado para propor a Dilma um conjunto de medidas urgentes que não dependem do Congresso Nacional, somente de sua decisão política e de seu ministro da Fazenda, para o país evitar o caos? 

Vejam como é falsa a tese que afirma que são os gastos sociais que aumentaram as despesas do governo descontroladamente. 


Comparando julho deste ano, como o mesmo mês do ano passado, o seguro-desemprego teve despesa superior de R$ 1 bilhão, benefícios assistenciais mais R$ 500 milhões, benefícios previdenciários mais R$ 6,3 bilhões, outros programas sociais mais R$ 7,9 bilhões, e juros no mesmo período um acréscimo de R$ 117 bilhões. 

Por que chamar o povo para pagar a conta? Sinceramente o governo precisa adotar medidas que um economista minimamente esclarecido, que não tenha dependência do sistema financeiro, sabe quais são. 

1º Reduzir a taxa SELIC (juros) ao nível da inflação. Cairia imediatamente de 14,5% para 9%. 


2º Vender parte do excesso de reservas cambiais internacionais que o Brasil tem hoje. Segundo o FMI o Brasil precisaria de US$ 170 bilhões de reserva, mas tem US$ 370 bilhões. 


Acontece que esse dinheiro é remunerado pelos juros do Tesouro dos Estados Unidos, 2%, enquanto internamente o governo paga para mantê-lo a taxa SELIC (14,5%). A venda desse excesso abateria R$ 800 bilhões da dívida líquida brasileira e faria com que ela caísse dos 64,6% do PIB para 50,6%. 

3º Essa medida é polêmica, mas daria ao governo uma grande oportunidade de resolver vários problemas. Devolver os empréstimos feitos pelo Tesouro ao BNDES, que atingem R$ 511 bilhões (9% do PIB), e causam uma despesa com juros de R$ 40 bilhões anuais. 


Agora vejam que loucura. O governo para emprestar esse dinheiro ao BNDES, que por sua vez empresta ao empresários com juros subsidiados, através da taxa de juros de longo prazo (TJLP), paga juros caríssimos no mercado. 

Falar em aumentar impostos neste momento é uma loucura. O que o Brasil precisa é de alguém com coragem para sair do ciclo de endividamento bancário e ingressar no novo período de equilíbrio das contas públicas, a começar diminuindo sua principal despesa: o pagamento de juros aos bancos. 


A escolha é de Dilma, ou muda a política econômica de Levy ou a presidente é que será mudada. 

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