Por G1
Investigado na operação contra
fraudes de pagamentos de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF), o
ex-jogador da seleção brasileira Edílson da Silva Ferreira, conhecido como
Edílson Capetinha, foi indiciado, nesta segunda-feira (14), por crime organizado,
corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Em depoimento à
Polícia Federal, nesta tarde, ele negou as acusações e segue em liberdade.
“Edílson foi indiciado com as
provas contidas na investigação e que são corroboradas com o material apreendido
na casa de alguns investigados. Isso reforça o contato direto entre ele e os
principais investigados”, disse a delegada Marcela Siqueira, responsável pelas
investigações.
Ela explicou que a participação
dele era no recrutamento e acesso aos gerentes da Caixa para participarem do
esquema, mas, por enquanto, não há ordem judicial para prisão do ex-jogador.
“Agora vamos confrontar os
depoimentos, e o material apreendido será periciado. Depois, com a investigação
concluída, será encaminhada ao Ministério Público”, acrescentou.
Um dos advogados de Edílson,
Wilson Ribeiro afirmou ao G1 que “não há nada comprovado” contra o ex-jogador.
Segundo ele, o processo ainda está em fase de investigação.
Depoimento
Edílson prestou depoimento, por
mais de três horas, na sede da Polícia Federal, em Goiânia, na tarde desta
segunda-feira. Ao sair, disse que está “com a consciência tranquila” e que
acredita que os fatos serão esclarecidos.
“Fiz o meu papel de cidadão. Fiz
questão de vir a Goiânia para ajudar na investigação. Não ia deixar meu nome
ser jogado no lixo”, afirmou o ex-jogador.
Ele lamentou ter o nome ligado a
uma denúncia de fraude. “Não tenho participação nenhuma nesse esquema. Às
vezes, a gente sofre por ser uma pessoa famosa. Muita gente liga oferecendo coisas.
Isso tudo é prejudicial a mim e à minha carreira. Tenho serviços prestados ao
Brasil. Estou com a consciência tranquila”, ressaltou.
Conforme a assessoria de imprensa
da PF, Edílson chegou às 14h10 à sede do órgão, no Setor Bela Vista, em
Goiânia, acompanhado de dois advogados e um assessor. Ele foi ouvido pelo
delegado Ricardo Mendes de Mesquita e Duarte.
A assessoria da PF informou ao G1
que foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do ex-jogador,
na Bahia. Mesmo assim, o próprio Edílson se dispôs a prestar esclarecimentos na
sede da Polícia Federal em Goiás, estado que comanda a investigação.
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