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terça-feira, 15 de setembro de 2015

CAPETA OU CAPETINHA? Edílson é indiciado por quatro crimes em investigação da PF


Por G1

Investigado na operação contra fraudes de pagamentos de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF), o ex-jogador da seleção brasileira Edílson da Silva Ferreira, conhecido como Edílson Capetinha, foi indiciado, nesta segunda-feira (14), por crime organizado, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Em depoimento à Polícia Federal, nesta tarde, ele negou as acusações e segue em liberdade.

“Edílson foi indiciado com as provas contidas na investigação e que são corroboradas com o material apreendido na casa de alguns investigados. Isso reforça o contato direto entre ele e os principais investigados”, disse a delegada Marcela Siqueira, responsável pelas investigações.

Ela explicou que a participação dele era no recrutamento e acesso aos gerentes da Caixa para participarem do esquema, mas, por enquanto, não há ordem judicial para prisão do ex-jogador.

“Agora vamos confrontar os depoimentos, e o material apreendido será periciado. Depois, com a investigação concluída, será encaminhada ao Ministério Público”, acrescentou.

Um dos advogados de Edílson, Wilson Ribeiro afirmou ao G1 que “não há nada comprovado” contra o ex-jogador. Segundo ele, o processo ainda está em fase de investigação.

Depoimento

Edílson prestou depoimento, por mais de três horas, na sede da Polícia Federal, em Goiânia, na tarde desta segunda-feira. Ao sair, disse que está “com a consciência tranquila” e que acredita que os fatos serão esclarecidos.

“Fiz o meu papel de cidadão. Fiz questão de vir a Goiânia para ajudar na investigação. Não ia deixar meu nome ser jogado no lixo”, afirmou o ex-jogador.

Ele lamentou ter o nome ligado a uma denúncia de fraude. “Não tenho participação nenhuma nesse esquema. Às vezes, a gente sofre por ser uma pessoa famosa. Muita gente liga oferecendo coisas. Isso tudo é prejudicial a mim e à minha carreira. Tenho serviços prestados ao Brasil. Estou com a consciência tranquila”, ressaltou.

Conforme a assessoria de imprensa da PF, Edílson chegou às 14h10 à sede do órgão, no Setor Bela Vista, em Goiânia, acompanhado de dois advogados e um assessor. Ele foi ouvido pelo delegado Ricardo Mendes de Mesquita e Duarte.
A assessoria da PF informou ao G1 que foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do ex-jogador, na Bahia. Mesmo assim, o próprio Edílson se dispôs a prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal em Goiás, estado que comanda a investigação.

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