POR: Dr. CÉSAR RODRIGUES ASSIS
Via de regra as decisões políticas no Brasil, são tomadas em Brasília
sem que os parlamentares procurem ouvir as suas bases, os Vereadores do Brasil.
Um exército de mais de cinquenta e sete mil homens e mulheres, não são
ouvidos, nem consultados, mesmo nas decisões que lhes dizem respeito.
E o pior, a classe política do Edis municipais, não se movimenta para
reivindicar as suas pretensões.
Estamos às vésperas da apresentação do relatório final da Comissão
Especial da Reforma Política no Congresso Nacional, e nenhum Vereador ou
Prefeito desse País, foi consultado sobre as modificações que se pretende
realizar na legislação eleitoral.
Uns propõem voto Distrital puro, outros Distrital Mixto, alguns
Eleições proporcionais com lista fechada, outros com lista aberta ou flexível;
e ainda alguns propõem que as eleições parlamentares sejam majoritárias.
Pretendem encurtar ou alongar os mandatos dos Prefeitos e Vereadores
para provocar a coincidência das eleições gerais, de Presidente da República a
Vereador, e no entanto não consultam os maiores interessados que são os
políticos municipais, Agem os parlamentares federais, como se nenhuma
importância teria os municípios e seus representantes, a não ser para conseguir
os votos necessários para elegerem-se, deixando de lado as aspirações dos
verdadeiros puxadores de votos que são Prefeitos e Vereadores.
Se essa massa de políticos, cinco mil , seiscentos e setenta e cinco
Prefeitos e igual número de Vice Prefeitos, e os mais de cinquenta e sete mil
vereadores NÃO SE MOBILIZAREM, receberemos uma reforma política que vai decidir
o tempo do mandato, a coincidência das eleições, o sistema eleitoral, se
majoritário ou proporcional, se distrital puro ou misto, o tempo de filiação
partidária sem alterar o tempo do domicílio eleitoral, o financiamento de
campanha e a propaganda politica eleitoral, dentre outros temas, sem nenhuma
oitiva dessa multidão de puxadores de votos que é esquecida nas horas de
decisão sobre os rumos políticos desse país.
Ninguém perguntou aos Vereadores e Prefeitos se os mesmos aceitam o
mandato de dois , quatro ou seis anos.?
Ninguém perguntou aos Vereadores se o Sistema Eleitoral que preferem é
o Distrital puro, o Distrital misto, o proporcional de lista aberta, fechada ou
flexível?
Não pediram opinião sobre o financiamento de campanha e sobre a
propaganda política eleitoral nos meios de comunicação.
Marginalizados e fora do teatro das decisões políticas do Brasil,
Prefeitos, Vice Prefeitos e Vereadores, devem tomar uma posição, e imporem as
suas pretensões à Comissão Especial de Reforma Política, para elaborando um
substitutivo, apresentando suas propostas de alteração dos principais pontos
dessa reforma , que atendam os interesses da maioria política dessa Nação.
A Democracia é o regime político da maioria! A maioria política do país
é composta de Prefeitos, Vice Prefeitos e Vereadores.
Se não houver pressão para as mudanças necessárias que atendam os interesses
dos municípios, o Brasil continuará a ser uma ditadura federal, onde os demais
políticos dos estados e municípios ficarão eternamente a mendigar soluções ao
poder federal, esquecendo-se que sem eles, os municipalista, não haverá
Deputados Federais, Senadores e Presidente da República.
Chegou a hora de dizer aos demais políticos do Brasil, que sem os representantes dos municípios não
haverá eleição dos políticos federais.
Se não atenderem as reivindicações dos municipalistas é esperar para
ver, o fracasso das eleições gerais do próximo mandato, quando os renegados
deixados à margem das decisões, PROTESTARÃO E NÃO VOTARÃO NOS POLÍTICOS
FEDERAIS QUE NÃO OUVIRAM OS RECLAMOS DOS VERDADEIROS REPRESENTANTES DO POVO
DESTA NAÇÃO.
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