A famosa “mala preta” é uma utilidade indispensável nas eleições.
Pode até não ser dessa cor ou não ter o formato tradicional, mas, não existe
eleição em que o objeto não desperte a cobiça e atenção geral.
Aqui em Açailândia não foi diferente das histórias que se
repetem sobre a famosa “mala preta” nas eleições. A mala é, durante o período
eleitoral, um objeto físico e metafórico.
As duas dimensões se confundem, pois, tratam de um
ingrediente indispensável ao sucesso de qualquer candidato em eleições: contar
com uma razoável arrecadação para levar a mensagem ao eleitorado e, com as
“sobras”, convencer os mais renitentes.
Como objeto físico a mala tem diversas finalidades. Entre as
mais comuns está o simples transporte de roupas ou vestimentas.
As mais sofisticadas têm senhas de abertura, revestimento
protegido e se prestam ao transporte de valores.
O dinheiro facilita a obtenção de apoios partidários e
define, inclusive, o resultado de convenções. Sem os gastos preliminares à
montagem do arcabouço partidário da campanha – obtido à custa de dinheiro e,
portanto, com o uso da “mala preta” – a primeira etapa de uma disputa eleitoral
pode auxiliar na percepção de um esquema eleitoral frágil, para ficar num
exemplo.
Este é o sentido metafórico, portanto, da “mala preta”
elevado à condição de símbolo para apontar quem tem ou não dinheiro suficiente
para arcar com os custos de uma campanha eleitoral e, se necessário, valer-se
dele para “conquistar a vontade do eleitor”.
Indecisos mas nem tanto
Candidatos costumam fazer uma leitura curiosa das pesquisas
quando o número de indecisos continua muito alto em período próximo ao das
votações (em primeiro ou segundo turno) e tratam de conferir se os “recursos”
alocados para a campanha são gastos da forma conveniente.
A forma conveniente é o pagamento de insumos, serviços
gráficos, panfletagem, carros de som, aluguel de veículos, contratação de
motoristas, advogados, cabos eleitorais e toda a parafernália necessária à
difusão de mensagens.
Em alguns bairros – quanto mais afastados e pobres mais
comuns o procedimento – o eleitor aguarda até o último momento a chegada de
algum cabo eleitoral para receber a oferta de algum valor, embolsá-la e, no
mais das vezes, empregar o ganho ilegal na farra do dia.
Ainda não se sabe qual o percentual de “indecisos” que
sucumbem à “oferta da vantagem indevida”, mas, cabos eleitorais experientes
conseguem identificar eleitores sujeitos a esse tipo de abordagem.
Sem dinheiro não se faz campanha
O folclore político consagra dois tipos de candidatos: o
“centroavante” e o “gandula”. Na primeira condição saem os candidatos ligados a
movimentos sociais, sindicatos, pastores de Igreja, sacerdotes, organizações,
ocupantes de função de relevo no serviço público e nomeados valendo-se da
máquina pública para construir as cadeias de relacionamento.
Estes são os “centroavantes”. Jogam para marcar gol, quer
dizer, elegerem-se.
Outros candidatos têm grupos familiares numerosos, mas,
constituem núcleos sem “poder de fogo” (dinheiro) para elevar as próprias
aspirações e se conformam com a simples participação no jogo político e
aproximam-se de parentes e amigos para auxiliar na agregação de votos que
permitam ao Partido obterem o maior número de cadeiras possível.
AS PERGUNTAS QUE FICAM NO AR
Para que o cabo eleitoral transportava somente notas de R$
20,00 no dia da eleição?
Será que era pra quem recebesse o dinheiro lembrasse na hora de
digitar na urna o número 20 (1.2.3)
Esse Dinheiro era de doadores de Campanha ou era dinheiro do
Dizimo das Igrejas. ???
Essas e outras boas perguntas estarão aguardando respostas...
2682/11-J
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