O SIGNIFICADO DA VIDA

terça-feira, 7 de outubro de 2014

MALA PRETA CIRCULOU NO DIA DA ELEIÇÃO...


A famosa “mala preta” é uma utilidade indispensável nas eleições. Pode até não ser dessa cor ou não ter o formato tradicional, mas, não existe eleição em que o objeto não desperte a cobiça e atenção geral.

Aqui em Açailândia não foi diferente das histórias que se repetem sobre a famosa “mala preta” nas eleições. A mala é, durante o período eleitoral, um objeto físico e metafórico.

As duas dimensões se confundem, pois, tratam de um ingrediente indispensável ao sucesso de qualquer candidato em eleições: contar com uma razoável arrecadação para levar a mensagem ao eleitorado e, com as “sobras”, convencer os mais renitentes.

Como objeto físico a mala tem diversas finalidades. Entre as mais comuns está o simples transporte de roupas ou vestimentas.

As mais sofisticadas têm senhas de abertura, revestimento protegido e se prestam ao transporte de valores.

O dinheiro facilita a obtenção de apoios partidários e define, inclusive, o resultado de convenções. Sem os gastos preliminares à montagem do arcabouço partidário da campanha – obtido à custa de dinheiro e, portanto, com o uso da “mala preta” – a primeira etapa de uma disputa eleitoral pode auxiliar na percepção de um esquema eleitoral frágil, para ficar num exemplo.

Este é o sentido metafórico, portanto, da “mala preta” elevado à condição de símbolo para apontar quem tem ou não dinheiro suficiente para arcar com os custos de uma campanha eleitoral e, se necessário, valer-se dele para “conquistar a vontade do eleitor”.

Indecisos mas nem tanto

Candidatos costumam fazer uma leitura curiosa das pesquisas quando o número de indecisos continua muito alto em período próximo ao das votações (em primeiro ou segundo turno) e tratam de conferir se os “recursos” alocados para a campanha são gastos da forma conveniente.

A forma conveniente é o pagamento de insumos, serviços gráficos, panfletagem, carros de som, aluguel de veículos, contratação de motoristas, advogados, cabos eleitorais e toda a parafernália necessária à difusão de mensagens.

Em alguns bairros – quanto mais afastados e pobres mais comuns o procedimento – o eleitor aguarda até o último momento a chegada de algum cabo eleitoral para receber a oferta de algum valor, embolsá-la e, no mais das vezes, empregar o ganho ilegal na farra do dia.

Ainda não se sabe qual o percentual de “indecisos” que sucumbem à “oferta da vantagem indevida”, mas, cabos eleitorais experientes conseguem identificar eleitores sujeitos a esse tipo de abordagem.

Sem dinheiro não se faz campanha

O folclore político consagra dois tipos de candidatos: o “centroavante” e o “gandula”. Na primeira condição saem os candidatos ligados a movimentos sociais, sindicatos, pastores de Igreja, sacerdotes, organizações, ocupantes de função de relevo no serviço público e nomeados valendo-se da máquina pública para construir as cadeias de relacionamento.

Estes são os “centroavantes”. Jogam para marcar gol, quer dizer, elegerem-se.
Outros candidatos têm grupos familiares numerosos, mas, constituem núcleos sem “poder de fogo” (dinheiro) para elevar as próprias aspirações e se conformam com a simples participação no jogo político e aproximam-se de parentes e amigos para auxiliar na agregação de votos que permitam ao Partido obterem o maior número de cadeiras possível.

AS PERGUNTAS QUE FICAM NO AR

Para que o cabo eleitoral transportava somente notas de R$ 20,00 no dia da eleição?

Será que era pra quem recebesse o dinheiro lembrasse na hora de digitar na urna o número 20 (1.2.3)

Esse Dinheiro era de doadores de Campanha ou era dinheiro do Dizimo das Igrejas. ???

Essas e outras boas perguntas estarão aguardando respostas...

2682/11-J

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